Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

CUT tentará preservar Dilma nos protestos

Vagner Freitas, presidente da central ligada ao PT, diz que houve acordo para evitar o lema 'Fora, Dilma' em passeatas

José Maria de Almeida, da CSP-Conlutas, afirma que o 'PT quer transformar o ato num pedido de plebiscito'

CLAUDIA ROLLI DE SÃO PAULO

Dirigentes da CUT trabalharam ontem para evitar que a presidente Dilma Rousseff seja alvo das manifestações previstas para acontecer hoje em várias regiões do país.

Em reunião com representantes de oito centrais sindicais envolvidas no "Dia Nacional de Luta", o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que houve um acordo para não transformar os atos em um movimento "Fora, Dilma" ou "Fica, Dilma".

"Não é esse o objetivo do protesto. Ninguém pode impedir que militantes se manifestem. Mas existe uma pauta unificada, e o objetivo dela é que o governo atenda a reivindicação dos trabalhadores", disse o sindicalista.

Em um vídeo postado no site da central feito para convocar os trabalhadores para as manifestações, Freitas aparece em frente a um painel, usado na campanha à eleição da presidente, encobrindo a imagem de Dilma.

No cartaz, o ex-presidente Lula aparece ao fundo, à esquerda da tela, enquanto o presidente da CUT tapa a imagem da presidente, à direita.

"Não dá para ir para a rua sem falar em inflação, na perda do poder aquisitivo, que ocorre no governo Dilma. Existe sim uma pauta unificada, com pontos como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada. Mas o PT e a CUT querem enfiar goela abaixo essa história de plebiscito, que já foi até enterrado aqui na Câmara", disse o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que preside a Força Sindical.

"Já que não dá para pedir a cabeça da Dilma, exigimos que, no mínimo, ela mande embora o Mantega [Guido Mantega, ministro da Fazenda]", disse Paulinho.

Para a CSP-Conlutas, central que agrupa sindicatos ligados ao PSTU e ao PSOL, as manifestações não serão feitas para "blindar" o governo.

"O PT pode dizer o que pensa, o PSTU pode dizer o que pensa. E quem estiver na manifestação vai julgar, aplaudindo ou vaiando quem defende o governo. O fato é que o que o PT quer transformar o ato em um pedido de plebiscito ou mudar o foco para a reforma política, não reflete o que os trabalhadores querem", disse José Maria de Almeida, da CSP-Conlutas e presidente do PSTU.

As duas centrais, que se opõem ao governo, já defendem uma greve geral no país em agosto se Dilma não atender as reivindicações. Freitas reagiu: "Greve geral para fazer ruptura com um governo eleito pelo povo, em um país em que o Congresso funciona, em que não há ditadura".

Ricardo Patah, da UGT, defende mudança no "eixo" dos atos: "Não dá para usar os protestos como um instrumento dos partidos. As centrais é que têm de usar os partidos a serviço do trabalhador".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página