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O papa no Brasil

Manifestantes acusam 'infiltrados' da PM

Integrantes dos protestos obrigam policiais a mostrar identidades para provar que não eram do serviço reservado

Manifestação no Rio começou pacífica, mas degringolou depois que policiais decidiram investigar denúncia

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

Os protestos da noite de quarta-feira e madrugada de quinta, no Leblon e Ipanema, tiveram momentos de negociação e tensão entre manifestantes e forças policiais.

A manifestação começou pacífica, às 17h30, com cerca de 300 pessoas gritando palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral, na esquina da rua Aristides Espínola, onde mora, com a avenida Delfim Moreira.

O primeiro momento em que a situação quase degringolou foi quando três policiais militares deixaram a área protegida pela polícia para apurar uma suposta denúncia de que estariam chegando manifestantes com coquetéis molotovs no local.

Os manifestantes cercaram os policiais obrigando-os a dar meia volta. Pouco depois, um homem de camisa social e boné se aproximou da grade, gritou para os policiais e tentou derrubar a estrutura. Foi contido pelos manifestantes: "É infiltrado".

A partir daí, criou-se um clima de neurose coletiva de que agentes infiltrados da polícia estavam ali para provocar confusão e precipitar reação violenta das autoridades.

Manifestantes com câmeras obrigaram dois homens a mostrarem suas identidades para provar que não eram do serviço reservado da PM.

Pouco antes das 23h, a polícia, como em outras manifestações, tentou dispersar a multidão lançando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Os manifestantes resistiram por cerca de 10 minutos com escudos improvisados e responderam com pedras e fogos de artifício. Depois se espalharam pelo bairro depredando lojas e bancos, além de fazer barricadas com fogo na rua Ataulfo de Paiva.

Já em Ipanema, um grupo grupo aguardava a chegada de outros manifestantes quando duas viaturas da Polícia Militar, escoltando um PM à pé, se aproximaram.

"Eu posso ir aí falar com vocês ou vou ser agredido?", perguntou o PM. "Vocês têm o direito de se manifestar, mas eu preciso que vocês liberem a via. Vocês estão tirando o direito de ir e vir das pessoas que estão querendo sair para trabalhar", disse.

"Por que você não vem para o nosso lado? Você também é explorado", perguntou um jovem. "Eu fiz um juramento de que serviria ao Estado", disse o policial.


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