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Análise

Petista terá corrida de obstáculos na Saúde para consolidar cacife eleitoral

FÁBIO ZAMBELI EDITOR-ADJUNTO DE "PODER"

Após avançar na corrida pela candidatura do PT ao Palácio dos Bandeirantes, Alexandre Padilha terá de vencer agora obstáculos que transcendem os limites de seu partido para se mostrar viável eleitoralmente em uma disputa na qual largaria com intenção de voto acanhada.

Tucanos, há quase duas décadas no poder, apostam em diagnóstico ancorado em pesquisas que aferem a percepção do eleitorado paulista quanto à saúde pública para dilapidar o capital político de Padilha.

Esses levantamentos, esquadrinhados por estrategistas de Geraldo Alckmin, mostram que a reprovação dos serviços públicos no setor recai predominantemente sobre o governo federal e, em boa medida, protege o estadual.

Isso porque, quando questionados sobre a qualidade do atendimento, dois terços dos moradores de São Paulo consideram, em regra, que a saúde vai mal no Estado, mas ainda assim é melhor que no restante do país. O indicador facilitaria comparações entre as gestões de Alckmin e Padilha.

Outro desafio a ser enfrentado pelo ministro é se desvencilhar da imagem de "inimigo" das Santas Casas, pecha que lhe é atribuída em razão de sua resistência ao reajuste linear da tabela SUS, pleito das entidades filantrópicas. Nesta seara, o pré-candidato do PT acaba de lançar pacote de perdão de dívidas.

Por último, precisará evitar que o programa de contratação de médicos, idealizado para conferir marca positiva à sua gestão, se transforme num entrave aos seus planos. As mesmas sondagens feitas pelo governo tucano relatam dúvidas dos usuários do sistema público quanto à eficiência do trabalho de profissionais estrangeiros.

Ainda assim, o ministro é um nome temido pelo QG de Alckmin, hoje favorito à reeleição, segundo os mais recentes números do Datafolha.

Ex-titular da secretaria do Planalto responsável pelo atendimento de reivindicações de municípios, Padilha reúne atributos que concorrem com os do governador sobretudo no interior, onde o tucano obtém robustos índices de popularidade.

O petista conhece de perto prefeitos e vereadores até de pequenas cidades, público para o qual intermediou farta liberação de recursos durante o governo Lula.


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