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Ministério Público notifica ex-governadores do DF

DE BRASÍLIA

O Ministério Público afirma ter notificado os ex-governadores do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC) e José Roberto Arruda (sem partido) sobre a abertura de investigação para apurar fraude na licitação e no contrato de manutenção do metrô.

O Cade (Conselho de Desenvolvimento Econômico) também apura suposto acordo fraudulento que teria sido firmado entre a Siemens e a Alstom para manutenção completa do metrô no DF.

As suspeitas do Cade e do Ministério Público local recaem sobre as concorrências realizadas em 2003 e 2005 e à assinatura do contrato em 2007, período em que o Distrito Federal era comandado por Roriz (então no PMDB) e Arruda (então no DEM).

A Siemens fez acordo com o Cade, no qual admite ter fraudado diferentes licitações, e colabora com o órgão em troca de imunidade em caso de condenação.

Entre os documentos e informações sob análise do Cade está uma carta anônima encaminhada em 2008 ao Ombudsman da Siemens que cita Roriz e Arruda ao detalhar o suposto esquema em Brasília. A carta também está em poder da Polícia Federal.

Na carta, é dito que Roriz convenceu a Siemens e a Alstom a firmarem um acordo, no qual ambas ganhariam a disputa para garantir a manutenção do metrô do Distrito Federal. Em troca, teriam que pagar propina ao governo.

"Suborno foi pago ao ex-governador Roriz e a equipe dele", diz a carta. Segundo a acusação, os pagamentos mensais eram de aproximadamente 265 mil euros (R$ 795 mil em valores atuais) e foram feitos por mais de cinco anos.

Arruda é citado como "Mr. Siemens" por conta de sua proximidade com um ex-presidente da empresa. O contrato de manutenção do metrô foi assinado em 2007, no início de seu governo.

OUTRO LADO

Roriz, por meio da assessoria, diz não ter sido notificado e desqualificou as acusações, negando qualquer irregularidade nas licitações.

Arruda rechaçou, por meio de seus advogados, o apelido de "Mr. Siemens", classificando-o como "verdadeiro disparate". Afirmou ainda que já prestou esclarecimentos ao Ministério Público e que nada pode ser atribuído a ele, pois toda a elaboração da contratação é anterior ao seu governo.


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