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Governadores testam caras novas no Nordeste

Quadros técnicos são preparados para disputar sucessão nas eleições do ano que vem

DE FORTALEZA DO RECIFE DE SALVADOR

Governadores do Nordeste em final de segundo mandato preparam quadros técnicos como seus possíveis candidatos à sucessão em 2014.

Inspiradas em experiências recentes, como a de Dilma Rousseff na corrida ao Planalto e a de Fernando Haddad (PT) na Prefeitura de São Paulo, as estratégias na Bahia, em Pernambuco e no Ceará têm agora o componente da onda de protestos pelo país e o pleito por mudanças e caras novas na política.

Na Bahia, o PT trabalha para que pré-candidatos do partido saiam de campo em favor de Rui Costa.

Chefe da Casa Civil de Jaques Wagner (PT), ele sempre foi o preferido do governador e passou a participar de inaugurações e tocar projetos midiáticos do governo, como o metrô de Salvador e uma ferrovia de R$ 7,4 bilhões.

A candidatura só não foi colocada em cena por dois motivos: Costa não tem o apelo eleitoral do senador Walter Pinheiro nem a preferência do ex-presidente Lula, simpático a José Sergio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras e hoje secretário de Planejamento do Estado.

Em Pernambuco, a maioria das opções de Eduardo Campos (PSB) para a sucessão vem da área técnica do governo, com passagens pelo Tribunal de Contas local.

Os secretários Tadeu Alencar (Casa Civil), Danilo Cabral (Cidades) e Paulo Câmara (Fazenda) foram auditores do TCE-PE. A única exceção é o vice-governador, João Lyra Neto (PDT), de malas prontas para a legenda de Campos.

A falta de exposição é ponto favorável na avaliação do PSB, por atender "à voz das ruas", que pede novidades.

Além disso, um candidato com menos brilho é mais fácil de ser orientado pelo governador, como ocorreu na última disputa pela Prefeitura do Recife, quando Campos indicou Geraldo Julio (PSB), antigo secretário no governo e até então desconhecido.

No Ceará, uma das opções do governador Cid Gomes (PSB) é seu secretário da Fazenda, Mauro Filho (PSB).

Economista e deputado estadual em sexto mandato, ele é considerado internamente um dos técnicos mais qualificados do secretariado.

Mauro Filho é próximo ao ex-ministro Ciro Gomes (PSB), de quem foi secretário na Prefeitura de Fortaleza e no governo do Ceará.

O secretário tem acompanhado o governador em agendas sem relação direta com sua área, como em inauguração de hospitais e atos de liberação de recursos para abastecimento de água.

Para o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília, a indicação de técnicos à sucessão facilita o eventual retorno de um governador ao cargo. "Eles não querem nenhum político que possa se tornar rival." (AGUIRRE TALENTO, DANIEL CARVALHO E NELSON BARROS NETO)


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