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Barroso agora diz que caso foi 'marco histórico'

DE BRASÍLIA

Um dia após dizer que o mensalão não foi o maior escândalo da história do Brasil e que a corrupção no país é "tradição" que vem de longe, o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso disse ontem que o julgamento do esquema foi "um marco histórico".

Para ele, a efetivação das punições e a mudança nas instituições permitem dividir o país em "antes e depois" do mensalão.

"Considero um marco histórico e espero que seja o ponto de partida para uma virada institucional. Pode-se dividir o país em antes e depois, desde que se dê o desdobramento punitivo e também institucional", afirmou ontem.

Barroso fez essa declaração ao rejeitar os recursos do ex-deputado federal Romeu Queiroz, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção ativa. Assim como a maioria dos colegas de corte, ele acompanhou o voto do presidente do STF e relator da ação, Joaquim Barbosa.

No dia anterior, Barroso havia relativizado a dimensão do mensalão dizendo não ter sido o maior escândalo da história do país, mas o "mais investigado".

Barroso afirmou ainda que a corrupção não deveria ser politizada: "Não existe corrupção do PT, do PSDB ou do PMDB. Existe corrupção", declarou.

Na sessão de anteontem, ele atribuiu o esquema às mazelas do sistema político nacional, argumento similar ao que o PT e o governo adotam desde o início do escândalo.

Ele comparou o mensalão --esquema que envolve recursos estimados em R$ 150 milhões-- a outros escândalos milionários.

Barroso citou o caso dos Anões do Orçamento (desvio de recursos de emendas parlamentares), em 1993, o do Tribunal Regional do Trabalho de SP (desvio de dinheiro da construção da nova sede), em 1997, e o do Banestado (remessas fraudulentas ao exterior).

Barroso foi indicado pela presidente Dilma Rousseff em maio deste ano.


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