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Marina pressiona o TSE para agilizar criação da nova sigla
Presidenciável reclamou com a corregedora do TSE, que prometeu providências
Ex-senadora afirma que saiu otimista da reunião: 'Estamos confiantes de que nosso esforço será respeitado'
Dedicada à criação do Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva (AC) pediu ontem à corregedora-geral eleitoral, Laurita Vaz, que o partido em gestação não pague o preço pelo tempo demorado dos cartórios eleitorais em validar as assinaturas para criar a legenda.
Foi a segunda vez que a ex-senadora reclamou dos atrasos dos cartórios ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que deve receber o pedido formal para a criação do novo partido já na próxima semana.
"Pontuamos as dificuldades nos TREs [Tribunal Regional Eleitoral] e nos cartórios e viemos buscar uma solução para um problema que não foi criado por nós", afirmou. Marina é candidata potencial à Presidência em 2014.
Mas ela só poderá concorrer se a nova legenda for aprovada pelo TSE até 5 de outubro. Mesmo sem legenda, Marina tem subido nas pesquisas de intenção de votos.
A Rede já conseguiu validar 250 mil assinaturas. Marina espera a confirmação de outras 242 mil já que, para obter o reconhecimento da Justiça Eleitoral, são necessárias 492 mil assinaturas.
Cabe aos cartórios checar dados de eleitores, que apoiam a criação da Rede, no prazo de 15 dias. No entanto, esse prazo não tem sido respeitado por alguns cartórios, segundo a reclamação levada ontem ao TSE.
O grupo político coletou mais nomes que o necessário para evitar que assinaturas descartadas por problemas de informações não atrapalhem a criação da sigla.
"Entendemos que existem dificuldades estruturais na Justiça, mas obviamente não podemos pagar o preço por uma falta de estrutura [que não é nossa]. Obviamente que a corregedora [Laurita] vai pensar quais são as medidas junto às corregedorias. Estamos no aguardo", disse.
Para Marina, aquilo que estava ao alcance da Rede e da sua militância foi realizado com sucesso: "Aguardamos que a justiça seja feita".
Também presente à reunião, o advogado da Rede, André Lima, disse que analisa o melhor momento para dar entrada à documentação no TSE para criar o novo partido: "Pretendemos dar entrada com o que já temos".
Marina saiu otimista da reunião no TSE. "A corregedora manifestou opinião de que a sociedade não pode pagar o preço. Estamos confiantes de que nosso esforço será respeitado".