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Despesa de R$ 2 milhões em selos tem investigação
Senadores já utilizam máquina para selar cartas
O Senado instaurou auditoria interna para investigar o gasto de quase R$ 2 milhões com a compra de selos, apesar de os senadores usarem máquina seladora para o envio de correspondências.
Em nota ontem, a Casa admite que os selos não são usados pela instituição e diz que eles são "desnecessários".
Reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" revelou que os R$ 2 milhões foram usados para comprar 1,4 milhão de selos --considerando o valor para o envio de correspondências comuns-- em um ano e quatro meses.
A auditoria foi aberta em junho para apurar as despesas com a chamada cota postal. A reportagem afirma que funcionários foram afastados. O Senado confirma, na nota, que proibiu a distribuição de selos em julho.
A reportagem afirma que uma parte dos selos foi entregue a alguns senadores --que os requisitaram oficialmente--, mas não há registro sobre o paradeiro da maior parte do material.
Pelas regras do Senado, não há limite para gastos com o envio de correspondência dos congressistas. A norma diz apenas que cada parlamentar pode enviar duas correspondências para cada mil habitantes de seu Estado.
Segundo o Senado, há um contrato de R$ 10,8 milhões firmado com os Correios em 2013, dos quais R$ 4,1 milhões já foram usados pela instituição até o mês de julho.
Esse total inclui outros serviços prestados pela empresa. A nota do Senado afirma, ainda, que em 2012 a Casa gastou R$ 6,6 milhões no contrato com os Correios.