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Manifestantes invadem plenário da Câmara e interrompem sessão

Ativistas favoráveis e contrários ao veto de Dilma à lei do Ato Médico quase entram em confronto

Além de médicos e enfermeiros, policiais, papiloscopistas e bombeiros também participaram do ato

DE BRASÍLIA

Um protesto realizado ontem por cerca de 500 manifestantes resultou na invasão do plenário da Câmara dos Deputados. A sessão foi suspensa por meia hora.

No início da noite, os manifestantes que lotaram o Salão Verde durante a tarde forçaram a entrada no plenário e ocuparam os corredores e as cadeiras dos deputados.

Portando cartazes com as reivindicações e entoando palavras de ordem, os manifestantes --que pertenciam a grupos distintos-- interromperam por três vezes a fala do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que, em tom irritado, tentava convencê-los a sair.

Muitos dos que protestaram aproveitaram para tirar fotos nas cadeiras dos deputados --um deles levantou a bandeira do Fluminense. Eles deixaram o plenário após cantar o hino nacional, mas permaneceram nas galerias, de onde acompanharam a votação de alguns vetos presidenciais. Concluída a votação, eles foram embora.

O tema que mais mobilizava os ativistas era a lei que regulamenta a atividade médica, o chamado Ato Médico. O texto aprovado no Congresso assegurava que o diagnóstico de doenças e a prescrição terapêutica são atos privativos da medicina --o que contrariava enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas.

A presidente Dilma Rousseff vetou esse ponto. Os grupos favoráveis e contrários à manutenção do veto quase entraram em confronto no Salão Verde após uma série de provocações. Na disputa verbal, um grupo de psicólogos chamava os médicos de "açougueiros" e eram por estes acusados de "charlatães".

Os manifestantes começaram a chegar ao Congresso pela manhã. Entraram em pequenos grupos e se reuniram no Salão Verde. Por volta das 14h30, um grupo maior tentou forçar a entrada no acesso conhecido como chapelaria, onde normalmente entram deputados e senadores.

Houve confronto, com uso de spray de pimenta pela Polícia Militar do Distrito Federal, que não conseguiu evitar a entrada de parte do grupo. Segundo a Câmara, nada foi destruído nem houve feridos.

Também protestavam na Câmara cerca de 200 bombeiros e policiais militares e civis. Eles pedem a votação da proposta de emenda constitucional 300, que cria um piso salarial nacional para as categorias. A proposta aguarda votação em segundo turno, na Câmara, desde 2009.

Afirmando que, se a PEC não for posta em votação, as categorias vão parar na Copa, o grupo foi recebido pelo presidente da Câmara.

Além deles, havia cerca de 50 papiloscopistas. Eles pedem a derrubada do veto de Dilma ao projeto que colocava os papiloscopistas na mesma categoria de médicos-legistas e peritos criminais. Esse veto só deve ser votado em setembro. Em abril, o plenário da Câmara já havia sido invadido por índios.


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