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Novo protesto termina em confronto no Rio

Manifestação contra Cabral tem dois feridos e agências bancárias depredadas próximo ao Palácio Guanabara

Policiais reprimiram passeata com bombas de efeito moral, balas de borracha e tiros de tinta; 'black blocs' lideram ato

DO RIO

Cinco agências bancárias, uma concessionária de carros, um ônibus e cinco paradas de ônibus foram depredados e duas pessoas ficaram feridas ontem à noite em mais um confronto entre policiais e manifestantes que tentavam chegar ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, na zona sul da cidade.

Até a conclusão desta edição ainda havia focos de confronto em ruas do Catete, bairro de ligação entre Laranjeiras e o centro da cidade.

A manifestação, cujo principal alvo foi o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), era liderada por integrantes do grupo "black bloc".

Houve tensão desde a concentração do protesto, marcada para as 18h no Largo do Machado, praça que fica a pouco mais de um quilômetro do palácio.

Por volta das 19h, quando cerca de 60 pessoas que estavam na praça decidiram iniciar a caminhada rumo ao Guanabara, houve uma discussão com um policial por causa da detenção de um manifestante que estava com o rosto coberto.

O rapaz se negava a tirar a máscara e a permitir que sua mochila fosse revistada. O policial foi cercado por manifestantes e, para dispersá-los, o Batalhão de Choque jogou uma bomba de efeito moral e atirou balas de borracha.

Duas jovens foram atingidas, uma delas na cabeça. Revoltados, os manifestantes revidaram com pedras.

O comércio nas cercanias fechou as portas. O grupo se dispersou, correndo pelo bairro, mas logo depois se juntou de novo na praça e começou a caminhar rumo ao palácio.

A sede do governo estava protegida por duas fileiras de grades. Atrás da segunda barreira estavam policiais de batalhões da região, alguns deles carregando armas que disparam balas de tinta, equipamento que ainda não havia sido usado em passeatas na cidade.

Os tiros de tinta, contudo, não afastaram os manifestantes que, mais uma vez, começaram a arremessar pedras. O Batalhão de Choque foi chamado, e o conflito se agravou. Manifestantes se espalhavam, correndo pelas ruas, para logo em seguida se reagrupar e, mais uma vez, tentar chegar à sede do governo.

Rechaçados pela terceira vez, seguiram então para a rua das Laranjeiras. Parte subiu em direção ao Cosme Velho, bairro onde fica a estação do trem que leva ao Cristo Redentor. No caminho, depredaram uma concessionária de carros, duas agências do Banco do Brasil, duas do Bradesco e uma do Itaú, além de ao menos cinco paradas de ônibus.

Arrancaram várias lixeiras, incendiando o lixo para montar barricadas que impediam o avanço dos policiais. Outro grupo seguiu em sentido contrário, rumo à delegacia no centro para onde teriam sido levadas pessoas detidas.

GREVE

À tarde, professores da rede estadual fizeram uma caminhada pelas ruas do centro rumo à Assembleia Legislativa onde, em reunião, decidiram continuar a greve.

Na véspera, os professores da rede municipal também tinham decidido manter a paralisação. A categoria está com as atividades paralisadas desde o dia 8.


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