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Órgãos oficiais não sabem explicar sumiço das ossadas do Araguaia

DE SÃO PAULO

Descaso e falta de estrutura são apontados por autoridades como causas do sumiço de ossadas da região onde ocorreu a guerrilha do Araguaia. Elas foram reunidas em 2009 e encaminhadas ao Hospital Universitário da Universidade de Brasília (UnB).

Os restos mortais fizeram um périplo por órgãos --muitas vezes armazenados em caixas de biscoito ou de macarrão--, incluindo o Instituto Médico Legal, a Câmara dos Deputados, o Ministério da Justiça e a Secretaria de Direitos Humanos. Às vezes, os esqueletos ficavam espalhados em diferentes endereços.

"É um absurdo o que aconteceu", disse Diva Santana.

Três instituições têm acesso aos ossos: a própria UnB, o IML e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Todos dizem não saber o que houve. "Não estou sabendo de nada", disse Marco Antônio Barbosa, presidente da comissão.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência (SDH) diz não ter "elementos para comprovar o desaparecimento" e afirmou ter solicitado à Justiça a devolução dos restos mortais de crianças ao cemitério de onde foram tiradas, por não terem relação com a guerrilha. Diz também que as ossadas estão guardadas seguindo "padrões internacionais".

"O que está acontecendo é gravíssimo. Esperamos por respostas", disse Victoria Grabois, que perdeu o pai, irmão e o primeiro marido no Araguaia.


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