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Análise

Lógica reeleitoral de Dilma mantém PDT no governo

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O Partido Democrático Trabalhista tem sido um foco de encrencas para a administração da presidente Dilma Rousseff. Se o governo fosse uma empresa, seria o caso de dispensar esse prestador de serviços. Mas como trata-se de política e eleições, o PDT continua sendo um ativo relevante e será mantido onde está enquanto for possível.

Há muitos anos, a fórmula para ganhar uma eleição majoritária no Brasil contém um item indispensável: conseguir o maior espaço na TV e no rádio para o candidato e interditar ao máximo o campo das alianças para os adversários --isso é obtido com o apoio formal dos partidos.

O PDT não tem uma presença expressiva no horário eleitoral com seus 26 deputados --o tamanho da bancada é determinante no cálculo. Ainda assim, é preferível ter mais alguns segundos a favor do que deixar o ativo nas mãos dos adversários.

Com a extrema fragmentação partidária, a maioria das legendas dispõem apenas de segundos na TV e no rádio. Por isso, em 2010, o então presidente Lula organizou a maior aliança formal que um candidato ao Planalto vitorioso teve. Dilma contou com dez legendas na sua coalizão.

O PT pretende repetir a fórmula em 2014, quando o ambiente tende a ser menos favorável. Duas siglas que estiveram com Dilma em 2010 ameaçam desembarcar da aliança: o aliado histórico PSB e o diminuto PSC.

Nesse contexto, partidos médios como o PDT tornam-se vitais. Apesar de provocar dor de cabeça ao Planalto e ter pouco peso no Congresso, os pedetistas serão tolerados no Ministério do Trabalho ou em outros cargos ""se esse for o preço a pagar pela reeleição de Dilma em 2014.


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