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Brasília e São Paulo têm manifestações nas ruas

Na capital federal, estátua é alvo de pizzas; em SP, grupos fecham Paulista duas vezes

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Brasília e São Paulo foram palco de manifestações ontem contra a decisão dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em favor de um novo julgamento para 12 condenados no mensalão.

Na capital federal, a estátua da Justiça em frente ao prédio do Supremo foi alvo de uma chuva de pedaços de pizza, arremessados por manifestantes contrariados.

Cerca de 50 pessoas se concentraram na Praça dos Três Poderes durante a sessão do STF. O grupo se dividia entre senhoras e senhores, alguns portando cartazes, e cerca de 20 mascarados do movimento "black bloc". Uma mulher ostentava os dizeres "não à corrupção" nas nádegas.

O garçom José Mário Silva, 55, fantasiado como "Obama de Brasília", levou uma mesa, quatro pizzas e lamentou o baixo quórum do protesto. "Onde está o povão? Moro perto do presídio da Papuda, gostaria de dizer que estou doido para ter os mensaleiros como vizinhos", ironizou.

O enfermeiro Ivan Rodrigues, 38, levou uma corneta e fez barulho durante as duas horas que Celso de Mello levou para ler seu voto a favor dos embargos infringentes: "Meus sonhos acabaram. Tinha esperança no Supremo".

Duas grades de metal e um corredor de seguranças e policias militares separavam a estátua dos manifestantes.

Estes chegaram a vencer uma das grades, mas não ultrapassaram a segunda.

Quando ficaram sabendo que Celso de Mello havia desempatado a discussão, o grupo arremessou fatias de pizza na estátua. Depois cruzaram a praça rumo ao Palácio do Planalto. Lá tentaram derrubar as grades de proteção. Na confusão um ativista foi detido --a PM não divulgou sua identidade. Por volta das 18h a sessão do STF ainda continuava, mas o protesto já tinha se esvaziado.

Em São Paulo, a avenida Paulista foi fechada duas vezes. A primeira ainda durante o julgamento, quando cerca de 30 pessoas carregaram faixas em frente ao Masp contra a nova chance para os condenados. Mais tarde, outro grupo de 40 pessoas caminhou até a rua Consolação.

Assim como em Brasília, o grupo se dividia entre manifestantes que carregavam bandeiras do Brasil e cartazes com críticas ao Supremo e mascarados descontentes tanto com a decisão da corte quanto com a manifestação de patriotismo dos colegas.


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