Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Paulinho diz que Dilma hoje é sua inimiga e promete apoiar oposição

Criador do Solidariedade diz que petista 'não fez nada' e quer acordo entre Aécio, Marina e Campos

Ex-pedetista diz que poderia apoiar Lula, mas considera que ele não tem mais condições de se lançar candidato

FERNANDO RODRIGUES DE BRASÍLIA

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP) deixou ontem o PDT para se filiar ao novo partido que acaba de criar, o Solidariedade, e do qual será o presidente. Seu objetivo é fazer oposição ao governo Dilma Rousseff, a quem chama de "inimiga".

Em entrevista à Folha e ao UOL, Paulinho --que preside a central Força Sindical-- afirmou que a tendência do Solidariedade é oferecer apoio à candidatura presidencial do senador Aécio Neves (PSDB-MG). E Dilma?

"Não fez nada. Não cumpriu uma [promessa]. E virou minha inimiga dois dias depois que foi eleita", disse.

Sobre as acusações de fraudes na coleta de assinaturas para criar o Solidariedade, Paulinho repetiu o que vem dizendo: "Foi tudo armado".

Durante a entrevista, o político de 57 anos fez inúmeras críticas à presidente e ao governo petista. "Ela [Dilma] vive hoje da fama que o Lula tinha nessa área [sindical]. Você pode ver. O discurso dela é: Porque o Lula fez, o Lula fez'. Pergunte o que ela fez? Ela não fez coisa nenhuma. Para os trabalhadores, não."

Paulinho cita compromissos que a petista fez em 2010 com várias centrais sindicais. Por exemplo, o fim do fator previdenciário para as aposentadorias da iniciativa privada: "Ela se comprometeu junto com o ex-presidente. E não cumpriu coisa nenhuma. Eu não tenho como apoiar alguém que concorda fazer as coisas para os trabalhadores e no outro dia muda de lado. Ela não é minha mãe".

Antes de romper com o governo, Paulinho relata ter conversado com o padrinho político de Dilma. "Ela abandonou as causas trabalhistas. Eu falei isso para o Lula: Não me peça para fazer nada por essa mulher que não faço'".

Com a expectativa da adesão de 30 deputados ao Solidariedade, Paulinho acredita que terá cerca de dois minutos de tempo de TV e rádio em 2014. Esse é o maior ativo que deve oferecer à oposição.

"No que depender de mim, o meu partido vai para a oposição", diz ele. Sua preferência é por Aécio --"é muito meu amigo"--, mas ele fala ainda em outra configuração:

"Vou trabalhar com ideia de fazer um acordo com Aécio, Eduardo Campos e Marina Silva: ter uma grande composição no segundo turno. Esses candidatos deveriam ter condições iguais de disputar. E aí, com o acordo de quem for melhor, no segundo turno, ter apoio dos outros."

Uma possibilidade de Paulinho mudar de opinião seria a volta de Lula como candidato. Mas essa saída seria remota: "Se ele falar hoje que é candidato ele acaba com o governo da Dilma. Se não fala e deixa para mais para frente, as pessoas vão assumindo outros compromissos. Então ele sabe que está inviabilizado".

Ele criticou o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior): "Está mais preocupado em ser governador de Minas... Já fui lá 30 vezes e esse cara não atende ninguém".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página