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Quadrilha é suspeita de lavar dinheiro de tráfico
Grupo desarticulado na Operação Miqueias 'prestava serviço terceirizado', segundo PF
A quadrilha investigada por desvios em fundos de pensão municipais na Operação Miqueias, da Polícia Federal, é suspeita também de lavar dinheiro para contrabandistas de armas e traficantes de drogas.
Segundo relatório da PF, o grupo prestava "serviço terceirizado" de lavagem de dinheiro e movimentava recursos de "diversas origens", o que "sugere variados crimes antecedentes".
Segundo a investigação, o grupo fazia "manobras financeiras", movimentando o dinheiro "várias vezes por contas-fantasmas" até sacar os valores em espécie.
Na semana passada, a investigação já havia mostrado que a quadrilha, além de lavar dinheiro, oferecia vantagens indevidas a prefeitos e gestores de fundos de previdência municipais para garantir aplicações em investimentos suspeitos.
A suposta ligação da quadrilha com contrabandistas e traficantes será aprofundada a partir de agora.
De acordo com a PF, o esquema pode ter movimentado R$ 300 milhões em 18 meses, tendo desviado cerca de R$ 50 milhões dos fundos municipais.
Ao menos 20 pessoas foram presas na semana passada no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Goiás. Entre os presos estão o doleiro Fayed Traboulsy, acusado de crimes em outras operações e o ex-policial civil Marcelo Toledo, flagrado distribuindo dinheiro no mensalão do DEM.
O advogado de Fayed nega qualquer relação do doleiro com os crimes de tráfico de drogas e contrabando. Procurada, a defesa de Toledo não retornou.