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Fracassa busca por papéis da ditadura nos EUA

DE SÃO PAULO

Anunciada nas primeiras semanas de funcionamento da Comissão Nacional da Verdade, no ano passado, a cooperação entre Brasil e EUA para o grupo acessar documentos americanos sobre a ditadura brasileira fracassou.

O principal entrave está na ausência de um acordo entre Brasília e Washington para a desclassificação de documentos referentes ao período militar nos arquivos do Departamento de Estado do governo americano ou da CIA.

Comissões da Verdade de outros países latino-americanos, como é o caso do Chile, fizeram acordos semelhantes e conseguiram obter papeis sobre suas ditadura.

A esperança, para a Comissão da Verdade, era a viagem que a presidente Dilma faria aos EUA em outubro, cancelada após vir à tona a espionagem americana na Presidência do Brasil e Petrobras.

"A presidente ia pedir ao Obama ajuda na liberação desses arquivos", afirmou o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, José Carlos Dias. Agora, não se sabe quando o assunto poderá ser retomado.

Nos EUA, o responsável pela busca seria o historiador Peter Kornbluh, da organização National Security Archive (Arquivo Nacional de Segurança), ligada à Universidade de George Washington.

Kornbluh é especialista na Operação Condor, parceria das ditaduras do Cone Sul para prender (e matar) opositores no exterior.

Documentos já divulgados pelo governo americano mostram a cooperação do Departamento de Estado e da CIA com a ditadura brasileira. Um lote de papéis secretos provou, por exemplo, o apoio logístico da Marinha dos EUA ao golpe que depôs o presidente João Goulart em 1964.

A expectativa era de que arquivos ainda inéditos revelassem informações sobre infraestrutura, logística e unidades militares.

"De toda forma, ainda esperamos um acordo", completou José Carlos Dias.


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