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Justiça de MG só analisará mensalão tucano em 2015

Depoimentos de testemunhas se arrastarão pelo ano que vem, diz promotor

Demora já beneficiou ex-ministro; outras duas ações tramitam no STF, sem previsão de data de julgamento

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O processo sobre o mensalão tucano que abriga a maioria dos políticos e publicitários envolvidos deverá se arrastar por todo o ano de 2014 na Justiça de Minas Gerais com depoimentos de testemunhas e dos dez réus.

Somente em 2015 o processo poderá ter chances de ser julgado, afirma o promotor João Medeiros. Ainda precisam ser ouvidas de 25 a 30 testemunhas.

Além desse processo, outros dois tramitam no Supremo Tribunal Federal e não têm data para serem julgados. São os processos dos políticos com foro privilegiado: o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG).

Nesta semana foi condenado pela Justiça Federal em Minas um ex-diretor do Banco Rural, liquidado pelo Banco Central, supostamente envolvida no desvio de R$ 3,5 milhões de empresas públicas.

O dinheiro teria ido para a campanha eleitoral do PSDB mineiro em 98, segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República. O candidato a governador era Azeredo, que tentava se reeleger. Clésio era o candidato a vice.

A demora no julgamento beneficiou o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Por ter completado 70 anos no ano passado, os crimes, que ele nega ter praticado, prescreveram para ele. Na ocasião, Mares Guia era vice-governador.

O esquema teve como operador o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O esquema montado para o PSDB, segundo a Justiça, foi o embrião do organizado para o PT cinco anos depois.

Nos dois casos, as agências de Valério foram usadas para tentar esconder os recursos desviados. Todos os réus negam participação.

OUTRO LADO

Advogado dos denunciados do Banco Rural, Maurício Campos disse que somente uma das 24 pessoas inicialmente denunciadas da instituição foi condenada. Nélio Brant Magalhães foi condenado a nove anos e nove meses de reclusão.

Os outros foram absolvidos ou tiveram os processos extintos. Dois foram denunciados após já mortos.

"O entendimento [da defesa] é que a solução para o Nélio é a mesma dos demais. Ele deve ser absolvido. Por isso vamos recorrer dessa decisão", disse.


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