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Há mais políticos investigados, diz modelo

Luciane Hoepers afirma que era apenas 'captadora de clientes' e nega irregularidades com fundos de previdência

Esquema de desvio de fundos de previdência foi desbaratado pela Polícia Federal na Operação Miqueias

MATHEUS LEITÃO DE BRASÍLIA

Luciane Hoepers, a "pastinha" mais famosa da quadrilha acusada de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão municipais, nega irregularidades no trabalho que ela e suas colegas faziam e afirma que há mais políticos sendo investigados pela Polícia Federal.

"Existem muitos políticos investigados. Com o tempo, se tiver que ter esclarecimentos, vou fazer, e os envolvidos vão fazer. Não há necessidade de citar agora", diz a loira de 33 anos, olhos verdes e 1,75 m de altura, à Folha.

Luciane não gosta de ser chamada de pastinha, como foram classificadas pela PF as meninas que procuravam prefeitos e gestores de fundos de previdência municipais, levando em pastas propostas de aplicações arriscadas e de rendimento duvidoso.

Ela se define como uma "captadora de clientes", que oferecia propostas de melhoria da administração dos recursos previdenciários: "Tudo foi feito na legalidade. O trabalho era correto, lícito, de instruir para que eles [prefeitos] tivessem melhor rentabilidade e diversificação nos fundos de previdência".

O esquema foi desbaratado há duas semanas, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Miqueias. Segundo a PF, o esquema tinha influência no mundo político e era comandado por um doleiro e um policial aposentado.

Se os negócios oferecidos pelas pastinhas fossem fechados, cada uma ganhava uma porcentagem sobre o valor do contrato: "Quando fechava um [negócio] se ganhava uma corretagem sim, admito. De forma idônea".

Luciane afirma que é credenciada pela CVM (órgão que fiscaliza o mercado financeiro) e formada em administração. Natural de Joinville (SC), ela diz que foi para Brasília reconstruir a vida depois de uma separação traumática do casamento.

Investigadores creem que algumas das mulheres envolvidas no esquema eram prostitutas. Luciane nega: "Qual o problema com uma mulher bonita [trabalhar] no mercado financeiro? Não é por [ser bonita] que precisa dar".

Segundo ela, a operação da PF foi um "circo". Luciane ficou presa por cinco dias, três deles no presídio feminino do Distrito Federal: "Foi um trauma. É um canil aquilo".


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