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Chapa só em 2014, dizem Campos e Marina

Após mal-estar entre aliados, governador e ex-senadora procuram mostrar unidade para a campanha presidencial

Campos diz que aliança vai redesenhar acordos eleitorais que estavam sendo construídos em muitos Estados

PAULO GAMA DE SÃO PAULO

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva estiveram ontem em São Paulo com o objetivo de demonstrar unidade e reduzir especulações sobre desavenças na definição da chapa presidencial do PSB em 2014.

A ex-senadora aderiu ao PSB depois que o registro de seu partido, a Rede, foi negado pela Justiça Eleitoral. Mais bem colocada nas pesquisas de intenção de voto (chegou a ter 26% em agosto, contra 8% do governador), Marina causou apreensão em socialistas ao dizer que ela e Campos eram "possibilidades" para 2014.

Ambos anunciaram ontem um novo encontro em que estarão lado a lado, no dia 29, quando haverá o primeiro debate para a formação de uma carta programática do PSB com propostas comuns de socialistas e membros da Rede.

Sobre possíveis disputas para saber quem ocuparia a posição de candidato à Presidência, Campos voltou a dizer que "não haverá nenhum problema entre PSB e Rede no que tange essa questão".

"Temos necessidade de começar a mudança política. E vamos começar cometendo os erros das práticas políticas que estamos condenando? Começar a discussão pela chapa, nomes, arranjo eleitoral para ir para o político de novo? Não, nós temos clareza de que esta é a hora de debater conteúdo, futuro. Em 2014 vamos tomar a decisão sobre a chapa", afirmou Campos.

"Faço minhas as palavras do governador", disse ela.

Os dois também concordaram sobre o "redesenho" nos Estados que a nova aliança forçará. "É claro que essa aliança tem consequências no sentido de aproximar muita gente e de afastar alguns arranjos eleitorais que estavam sendo construídos a nível regional", disse Campos.

Apesar de não citar locais em que o redesenho pode ser necessário, o governador fez a afirmação ao ser questionado sobre alianças do PSB em São Paulo, onde socialistas apoiam o governo Geraldo Alckmin (PSDB), e Rio Grande do Sul, onde o partido entregou os cargos na gestão petista de Tarso Genro e se dispõe a apoiar Ana Amélia (PP).

Marina seguiu no mesmo tom: "Temos compromisso com o projeto nacional. Nos Estados estão sendo metabolizadas as dificuldades".

PALESTRA

Em palestra a empresários ontem, Marina, exaltou a aliança firmada com Campos.Ela falou a investidores da GPS Consultoria e a membros da Raps, uma rede de pessoas dirigida por nomes próximos à ex-senadora, como o empresário Guilherme Leal.

Marina foi questionada sobre o agronegócio --o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) abandonou o apoio a Campos, acusando a ex-senadora de ser "intolerante" com tema. Segundo os relatos, Marina disse que não é contra o agronegócio, mas que a produção rural também deve ser sustentável.


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