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Bolsa Família beneficiou 2.168 políticos ilegalmente

Governo diz que todos os vereadores e prefeitos tiveram benefícios cancelados

Ministério mantém em sigilo os nomes de quem recebeu o dinheiro e afirma que checagem é feita sistematicamente

DE BRASÍLIA

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome identificou 2.168 políticos entre prefeitos, vices e vereadores que constavam, mesmo após eleitos, como beneficiários do Bolsa Família.

A legislação veda políticos eleitos de receberem o benefício, mas determina que os próprios políticos acusem o fato de serem beneficiários.

O governo encontrou as ilegalidades ao cruzar dados do cadastro do programa com os do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Segundo o ministério, todos tiveram os benefícios cancelados.

A operação, realizada em fevereiro deste ano, encontrou inicialmente 2.272 eleitos que poderiam se enquadrar na situação ilegal. Após um pente-fino, com o envio de questionários às prefeituras, o ministério chegou ao número de 2.168 confirmados como políticos eleitos.

O ministério mantém em sigilo os nomes de quem recebeu o dinheiro irregularmente, assim como dos municípios onde a ilegalidade ocorreu. Também não revela por quanto tempo os políticos embolsaram os recursos. O ministério só confirma que foram investigados 10 prefeitos, 41 vice-prefeitos e 2.221 vereadores eleitos em 2012.

Em nota, o ministério minimizou o ocorrido ao afirmar que dos 5.545 prefeitos e 56.810 vereadores eleitos no ano passado, o percentual dos que estavam no cadastro único depois de assumirem os cargos é de 3,34%.

O governo também diz que o "procedimento de checagem" do cadastro único dos seus programas sociais é feito "sistemática e rotineiramente a cada ano", numa prática que já ocorreu em eleições anteriores "para manter o foco da política de transferência de renda condicionada nas pessoas em situação de pobreza".


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