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Condenado a 115 anos por chacina, fazendeiro recorrerá em liberdade

Ataque a acampamento de sem terra deixou cinco mortos em 2004

DE BELO HORIZONTE

O fazendeiro Adriano Chafik Luedy foi condenado na madrugada de ontem a 115 anos anos de prisão pela chacina de Felisburgo (MG), em novembro de 2004.

Chafik foi considerado culpado pelo mando e participação no ataque a um acampamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) que deixou cinco sem terra mortos e 12 feridos, incluíndo uma criança, que perdeu um olho.

Além dos disparos de armas de fogo, 27 casas e a escola dos filhos dos sem-terra foram incendiadas, em um dos episódios mais graves de violência fundiária dos últimos anos no país.

Também foi condenado, a 97 anos e seis meses de prisão, o capataz de Chafik, Washington Agostinho da Silva.

Uma decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) garante ao réus o direito de recorrer em liberdade. O juiz Glauco Fernandes, que leu a sentença de ontem, disse não concordar com o STJ.

"A sentença foi muito justa", disse o promotor Christiano Gomes. A promotoria pediu a cassação do passaporte do fazendeiro para dificultar tentativas de fuga.

Sérgio Habib, advogado de Chafik e Silva, disse que a defesa não estava "conformada" com a sentença.

PROCESSO

Chafik ficou preso só até 2005, quando foi beneficiado por habeas corpus do STJ. Em agosto, foi preso novamente e liberado pelo STJ em seguida. Ações da defesa adiaram o julgamento por três vezes.

Ainda falta julgar outros 12 réus do processo. Eles são acusados de homicídio, tentativa de homicídio, formação de quadrilha e incêndio.


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