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Imprensa 'agiu como criança', diz Paula Lavigne na TV

Empresária e ex-mulher de Caetano propõe discussão sobre biografias sem linchamento e 'sem bullying' e ataca Barbara Gancia

DE SÃO PAULO

A empresária Paula Lavigne criticou a imprensa e afirmou não ser contrária a biógrafos nem censora, mas a favor de "rediscutir as bases", no "Saia Justa", programa do GNT que foi ao ar ontem.

"Não quero discutir, quero aprender. Se a gente não discutir agora pra ficar melhor pra todo mundo, vai ficar pior pra todo mundo", afirmou.

Lavigne foi a convidada da vez no programa apresentado por Astrid Fontenelle, com participação de Barbara Gancia, colunista da Folha, e das atrizes Maria Ribeiro e Mônica Martelli.

A conversa foi sobre a polêmica das biografias não autorizadas, deflagrada pela entrada de Chico Buarque, Caetano e Gil no debate.

Lavigne disse que a imprensa "agiu como criança" ao reportar o caso, e pediu que um debate fosse feito sem linchamento e "bullying".

Lavigne é presidente do Procure Saber, mas disse que não estava representando o grupo. A entidade é formada por Chico, Caetano, Gil, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Djavan e Milton Nascimento.

O Procure Saber defende a autorização prévia para a publicação de biografias e o pagamento ao biografado e seus herdeiros. Já os editores questionam a obrigatoriedade de anuência prévia no Supremo Tribunal Federal.

Ela afirmou que o grupo "não tem lobby em Brasília" e que havia entrado no debate de maneira despreparada, sem assessor de imprensa.

"Particularmente, não pleiteio autorização prévia", afirmou Lavigne. Ela disse ainda que as biografias poderiam ser "liberadas" depois da morte do biografado.

Além disso, a empresária fez distinção entre políticos e artistas, possíveis biografados. "A vida dele [de um político] é pública, é diferente."

"Acho que não podemos tirar isso [a anuência prévia] sem ver se a lei não é compensatória, sem pensar no caso da Glória Perez [que proibiu um livro feito pelo assassino de sua filha]", disse.

Gancia afirmou que Lavigne não poderia "querer regulamentar a palavra".

Durante o programa, Lavigne perguntou a Gancia se ela era "gay assumida", tentando mostrar que as biografias podem invadir a privacidade da pessoa retratada. A jornalista respondeu que sim.

Depois, Gancia disse à Folha: "Achava que a pauta da homossexualidade já nem existisse mais".

"Lavigne fez isso para fugir do assunto. Ela não conseguiu me dissuadir, a despeito de todos os desvios e de todos os socos que atirou. Continuo achando que a motivação dela é sórdida. E que a motivação primária dela é o dinheiro", afirmou a jornalista.

No Twitter, Lavigne escreveu: "Finalmente Barbara Gancia entendeu que existe invasão de privacidade...".

Procurada por e-mail e por telefone, Lavigne não respondeu a reportagem.


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