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Anúncio de verba revela eficiência, diz petista

Após intensificar agenda, presidente afirma que liberação de recursos para obras de mobilidade tem de ser comemorada

Dinheiro para o metrô de Curitiba tinha sido anunciado em 2011, mas obra não saiu de papel; empréstimo foi ampliado

ESTELITA HASS CARAZZAI DE CURITIBA

A presidente Dilma Rousseff rebateu ontem, em evento para liberar R$ 3,7 bilhões em obras de mobilidade no Paraná, a afirmação de que tem intensificado a agenda de anúncios nos últimos meses.

Na terça a Folha mostrou que Dilma ampliou o número de eventos nos últimos dois meses, liberando R$ 34,5 bilhões para obras de mobilidade --quase o dobro do bimestre anterior. As verbas anunciadas ontem em Curitiba são o sétimo anúncio bilionário desde setembro.

O período coincide com a ascensão da dupla Eduardo Campos e Marina Silva, do PSB, no cenário eleitoral.

Em seu discurso, Dilma fez referência à reportagem da Folha e afirmou que está liberando as verbas prometidas para obras de mobilidade urbana (R$ 50 bilhões) após os protestos de junho.

"Hoje eu li no jornal uma coisa interessante. Que era muito súbito isso. Muito súbito. Muito súbito, não. Mostra uma grande eficiência", declarou Dilma. "Porque isso foi em junho. Hoje, nós estamos aqui anunciando."

Os recursos anunciados em Curitiba irão para o metrô e para outras três obras de melhoria e ampliação do transporte público na cidade.

O metrô já havia sido alvo de anúncio de Dilma dois anos atrás: em outubro de 2011, Dilma anunciou R$ 1 bilhão para o projeto, que chamou na época de "um dos melhores do país". A verba a fundo perdido fazia parte do PAC da Mobilidade.

A proposta de 2011 passou por revisão técnica na gestão do atual prefeito, Gustavo Fruet (PDT). As conclusões foram que o custo estava subestimado e que o método construtivo era inadequado. O projeto anterior era do prefeito Luciano Ducci (PSB).

O orçamento subiu de R$ 2,25 bilhões para R$ 4,5 bilhões. Por causa disso, foi preciso uma nova negociação para que o governo federal ampliasse o financiamento.

A mesma situação aconteceu há duas semanas em Porto Alegre. Na ocasião, Dilma também anunciou pela segunda vez verbas para o metrô da cidade, projeto que teve custos revistos e ampliados nos últimos dois anos.

Na capital gaúcha, o financiamento federal passou de R$ 1 bilhão para R$ 3,5 bilhões. Em Curitiba, saltou de R$ 1 bilhão para R$ 3,2 bilhões. O metrô curitibano deve operar a partir de 2018.

Dilma disse que a obra de Curitiba "é factível": "Isso tem que ser comemorado. Nós, que vivemos o dia a dia das administrações, sabemos que o que nós temos de cobrar é que as coisas aconteçam. Que saiam do papel".

A Prefeitura de Curitiba comemorou o anúncio. Divulgou que é o "maior pacote de investimentos da história da cidade" e que, com ele, "o transporte de Curitiba vai entrar nos trilhos", e a cidade vai "voltar a ser modelo".


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