Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Programas de MG têm paternidade disputada

PT e PSDB discutem quem é o criador de ações públicas e até de slogans no Estado

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

A proximidade das eleições de 2014 reacendeu a briga que PT e PSDB travam em Minas Gerais em torno da paternidade de obras e programas estaduais e federais.

A discussão é motivada pela provável disputa pela Presidência entre Dilma Rousseff, que tentará a reeleição, e Aécio Neves, antecessor e padrinho político do governador Antonio Anastasia (PSDB).

O estopim da nova rodada do embate, que vem desde o governo Lula, foram as propagandas regionais lançadas em outubro pelo Planalto. O PSDB acusa o governo de se "apropriar" de slogan da gestão Aécio (2003-2010).

Enquanto a publicidade de Aécio cita a frase "Minas Gerais, o melhor Estado para se viver", a propaganda de Dilma afirma que ações federais tornam Minas "um lugar cada vez melhor para se viver".

A publicidade da gestão petista destaca obras de mobilidade, citando parcerias com Estado e municípios. O presidente do PSDB-MG, Marcus Pestana, diz que a peça inclui obras para as quais o Planalto só empresta verbas.

"O governo federal se apropria indevidamente [de obras] e induz a leituras erradas, com fim eleitoral", diz.

O presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes, rebate. "Quero pedir um exame de DNA para saber quem é quem."

Para o deputado, Minas altera nomes de programas federais sem dar os créditos.

Os dois lados têm razões para queixas. No programa de eletrificação rural Luz Para Todos, por exemplo, o PT acusa os tucanos de omitirem o nome da iniciativa federal.

Minas integrou o programa até 2011. E, apesar de ser ação federal, 77% dos custos eram do Estado e da Cemig (estatal mineira de energia), que ainda assim usavam o nome Luz Para Todos. A publicidade da Eletrobras, por sua vez, omitia que o programa ocorre por meio de parceria com Estados.

Em outro caso, o governo de Minas retirou a marca do SUS (Sistema Único de Saúde) da publicidade sobre o Mães de Minas, ação que o PT diz ser baseada no programa federal Rede Cegonha.

No lançamento do Mães de Minas em 2012, o vídeo trazia símbolos do SUS e do governo local. Já no comercial de Anastasia, o SUS sumiu.

O governo mineiro informou que inseriu a marca do SUS no vídeo por "gentileza", pois os recursos são estaduais. E que a retirou porque uma segunda marca encareceria a campanha. A Secretaria de Comunicação do Planalto disse que não lhe compete "tornar-se parte da discussão".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página