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Ex-diretor do BB pensava em suicídio, dizem amigos

Grupo de seis pessoas divulga vídeos e dossiê

DO RIO

Foragido da Polícia Federal, Henrique Pizzolato estava deprimido e poderia se matar caso fosse preso junto aos outros réus do mensalão.

Esta é a justificativa de amigos para defender a fuga do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, que deixou o país clandestinamente para não cumprir a pena de 12 anos e sete meses de prisão.

"A gente estava com medo de ele se matar na cadeia. Por isso, acho que ele fez bem em fugir para a Itália", diz o blogueiro Miguel do Rosário.

Ele faz parte de um grupo de seis pessoas que, nos últimos meses, se reuniam constantemente com Pizzolato e sua mulher, Andrea Haas, para traçar uma estratégia de defesa na internet.

Assim que a fuga foi oficializada na semana passada, eles passaram a divulgar vídeos e dados de um dossiê que, segundo o foragido, provariam a sua inocência em novo julgamento na Itália.

O grupo afirma não receber dinheiro para defender o réu condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato (desvio de verba pública por servidor).

"Acreditamos na inocência dele. Temos prova de tudo", diz Alexandre Teixeira, líder informal do grupo e amigo do foragido desde 1984, quando se filiou ao PT do Rio.

"Temos a missão de divulgar em jornais e nas mídias sociais o dossiê que ele levou para a Itália", afirma.

Também integram o núcleo os jornalistas Gilberto de Souza e Raimundo Pereira, o blogueiro Theo Rodrigues e o sociólogo Ricardo Reis.

"Pizzolato foi envolvido numa trama kafkiana. Só que ele não tem a mesma estrutura psicológica de outros réus, como o José Dirceu, para suportar a pressão", sustenta Miguel do Rosário.

Ontem o blogueiro divulgou um vídeo em que o foragido se diz vítima de "perseguição política" e promete provar sua inocência "até o último segundo".

As imagens foram gravadas em fevereiro, em ato organizado por petistas na zona norte de São Paulo. Ao fundo, atentos à fala de Pizzolato, aparecem o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e o deputado licenciado José Genoino (PT-SP), que foi preso na semana passada.

Pelas contas dos amigos de Pizzolato, ele participou de cerca de 15 eventos semelhantes neste ano para criticar o STF e buscar apoio do PT.


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