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Diretor diz que PF faz buscas por Pizzolato dentro e fora do Brasil
Condenado à prisão, ex-diretor do BB está foragido há 20 dias
Em audiência na Câmara dos Deputados ontem, o diretor-geral da Polícia Federal Leandro Daiello disse que o paradeiro de Henrique Pizzolato ainda é desconhecido.
Condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelo mensalão, o ex-diretor do Banco do Brasil está foragido desde o dia 15 de novembro.
"Estamos trabalhando dentro e fora do país. Não confirmamos a localização dele em nenhum desses pontos", afirmou Daiello.
Ontem, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) disse também que a PF ainda não sabe como Pizzolato fugiu. A polícia não confirma que ele tenha deixado o país pelo Paraguai antes de seguir para a Europa.
"Garanto que há todo empenho para localizar o senhor Henrique Pizzolato. Estamos seguindo pistas inclusive fora do país", afirmou Cardozo.
O ministro explicou ainda que o pedido de extradição só pode ser feito depois que Pizzolato for localizado. "O pedido de extradição é feito pelo STF [Supremo Tribunal Federal] e não pelo governo", completou Cardozo.
Dono de dupla cidadania, brasileira e italiana, Pizzolato divulgou uma carta dizendo que queria novo julgamento na Itália. Há informações de que ele planejava a própria fuga desde 2010.
Para o ministro da Justiça, caso o governo italiano entenda que o ex-diretor do Banco do Brasil não possa ser extraditado, ele será processado e, eventualmente, deverá cumprir pena na Itália.
Pizzolato foi condenado por ter autorizado o repasse de R$ 73,8 milhões do Banco do Brasil para a agência de Marcos Valério. Ele também recebeu R$ 336 mil do esquema.