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Ruralistas

Justiça veta leilão que levantaria dinheiro para combater invasões

DE CAMPO GRANDE - A Justiça Federal em Mato Grosso do Sul suspendeu ontem um leilão organizado por líderes ruralistas para arrecadar dinheiro com o objetivo de combater invasões feitas por índios no Estado.

Agendado para o próximo sábado, o "Leilão da Resistência", uma iniciativa da Acrissul (Associação dos Criadores do Mato Grosso do Sul), esperava levantar R$ 3 milhões para despesas com advogados, divulgação e contratação de segurança privada.

A juíza Janete Cabral atendeu a um pedido de duas entidades indígenas e considerou que o leilão constitui um incentivo à violência fundiária.

"A Constituição proíbe a criação de milícias, e esse leilão teria um fim totalmente ilícito", disse o advogado Luís Eloy, das entidades indígenas. A Justiça fixou multa de R$ 200 mil em caso de descumprimento da decisão.

O presidente da Acrissul, Francisco Maia, classificou a decisão como "atentado à democracia": "Bancos não contratam seguranças? Por que fazendas não podem contratar empresas especializadas?"

A disputa de terras entre índios e produtores rurais tem histórico violento no Estado. Segundo a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), 80 propriedades estão ocupadas por indígenas no Estado.

Em 30 de maio, o índio terena Oziel Gabriel foi morto durante uma operação policial para retirada dos indígenas da fazenda Buriti, mo município de Sidrolândia (MS).


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