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Mensalão - as prisões

Jefferson cita problemas de saúde e ataca laudo médico

Ex-deputado insiste que, mesmo sem câncer, necessita de prisão domiciliar

Em seu blog pessoal, ex-presidente do PTB afirma que precisa seguir dieta balanceada e tomar várias injeções

DO RIO DE BRASÍLIA

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), delator do esquema do mensalão, criticou o laudo médico elaborado pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer), que considerou desnecessária sua prisão domiciliar ou mesmo em unidade hospitalar.

Em seu blog pessoal, Jefferson disse ontem ter ficado surpreso ao ler que a avaliação da equipe médica concluiu que ele não tem câncer.

"Quem leu entrevista recente minha à Folha viu que eu já afirmara que eu não tinha mais a doença. Meus problemas de saúde hoje são decorrentes da cirurgia à qual me submeti para a retirada do tumor no ano passado. Tive dois cânceres, um em 1992 e outro em 2012; tenho fé em Deus que me livrei deles."

Jefferson foi condenado a 7 anos e 14 dias de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha por ter recebido R$ 4,5 milhões do mensalão quando o PTB fazia parte da base de apoio do governo Lula no Congresso.

A sentença também inclui o pagamento de uma multa no valor de R$ 720 mil. Em relação à multa, ele já declarou que "não tem de onde tirar [essa quantia]".

Na entrevista concedida à Folha, Jefferson disse estar curado. Mas ressaltou que, por conta das intervenções cirúrgicas realizadas, sua saúde ficou frágil. E, por isso, solicitava a prisão domiciliar.

"Estou bem de saúde. O câncer está curado. O inconveniente é o metabolismo. Tenho que seguir uma dieta balanceada e tomar um monte de injeção, o que eu não desejo para nenhum inimigo. Fizeram uma limpeza em mim [na cirurgia]. Não tenho mais duodeno. Perdi quatro quintos do estômago, fígado, um pedaço do pâncreas, um metro e meio de intestino."

Segundo ele, entre as consequências estão desabsorção de vitaminas, diabetes e anemia. "Fiquei igual a um sabiá gigante [risos]. (...) Preciso ir ao banheiro oito, dez vezes por dia", disse.

"Meu advogado está fazendo um esforço monstruoso pela prisão domiciliar. Não posso comentar, mas torço. Se puder escolher, prefiro ficar em Levy Gasparian (a 140 km do Rio)", completou.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ontem que, para elaborar seu parecer sobre o pedido de prisão domiciliar, levará em conta não apenas o laudo, mas as condições do presídio e as possibilidades de tratamento numa unidade prisional.

A decisão final sobre o regime de prisão caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.


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