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Delegado se contradiz, mas nega tortura na ditadura

Em depoimento a comissão, ex-agente diz que foi assessor em centro do Exército

DE SÃO PAULO

Demonstrando frieza e se contradizendo em diversos momentos, o delegado aposentado da Polícia Civil Aparecido Laertes Calandra negou ao depor ontem à Comissão Nacional da Verdade ter praticado tortura durante a ditadura militar (1964-85).

Livros e o testemunho de inúmeros ex-presos políticos apontam Calandra como um dos torturadores do período.

Conhecido à época pelo codinome "capitão Ubirajara", que ele renega, Calandra atuou no DOI-Codi do Exército, em São Paulo, onde funcionou um dos mais violentos centros de prisão e tortura da ditadura.

Antes de Calandra falar à comissão, sete ex-presos políticos que passaram pela unidade relataram torturas e a participação dele nas sessões.

O policial negou, afirmando que era "assessor jurídico" do DOI-Codi, não tendo participado de interrogatórios ou operações. Ele disse ainda que nunca ouviu "referência à tortura" no local.

Na saída, quando respondeu aos jornalistas "dormir bem", ele ouviu de ex-presos políticos gritos de "assassino mentiroso" e "torturador".


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