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Fazenda impõe limite a pastas e fala até em cortar metas em 2014

DE CURITIBA

Procuradora do Estado há 23 anos, a nova secretária da Fazenda do Paraná, Jozélia Nogueira, 49, assumiu a pasta há dois meses com a dura missão de cortar gastos às vésperas de um ano eleitoral.

"Sou igual ao pai que põe limite no filho", afirmou à Folha. "O filho briga, não gosta, mas no fundo sabe que precisa", completa Jozélia.

A tesoura da secretária causou mal-estar entre os secretários, que se queixam da desaceleração de ações por causa do aperto financeiro.

Mas a secretária quer ir além: cogita, inclusive, cortar metas no ano da eleição.

"Tenho uma posição cautelosa. Sou prudente, mesmo. Não tem dinheiro para tudo."

Para Jozélia, é melhor "reduzir um pouco a meta" agora e manter o Estado no azul do que causar prejuízo aos cofres públicos. "Não há problema nisso, porque o povo também quer que o governo seja equilibrado", disse.

A advogada diz que assumiu o cargo para fazer "contraponto" aos políticos, que querem mostrar serviço e gastam mais do que poderiam.

Em 2014, cada pasta terá que escolher no máximo três prioridades para investir. Quem quiser gastar mais, só com aval do governador.

Para reforçar os cofres, a Fazenda também começou um "mutirão de cobrança". Quem não pagar o que deve ao governo em impostos como o IPVA terá dívidas protestadas, entrará no Serasa e pode ter o carro recolhido. "É drástico", diz a secretária.

Isso, estima, deve render R$ 360 milhões até o fim do ano --o suficiente para quitar metade das dívidas.


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