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Ministério Público de São Paulo vai pedir a dissolução da Alstom
DE SÃO PAULO - O Ministério Público de São Paulo vai pedir a dissolução da Alstom no Brasil após a empresa ter se recusado a assinar um acordo pelo qual pagaria cerca de R$ 80 milhões para encerrar as investigações que apuram a suspeita de que a multinacional pagou propina para obter contratos com o governo de São Paulo.
A Folha revelou ontem que a Alstom havia rejeitado o acordo alegando que os promotores não têm provas de que a empresa corrompeu servidores públicos e políticos do PSDB.
Na Suíça, onde a investigação contra a Alstom começou em 2008, a empresa pagou o equivalente a US$ 42,2 milhões (R$ 101 milhões) em 2011 para encerrar as apurações. A Promotoria do Patrimônio Público em São Paulo queria fazer um acordo nos moldes do suíço.
A dissolução da Alstom será pedida com base na nova lei anticorrupção, sancionada em agosto de 2013. Segundo essa nova legislação, empresas envolvidas em corrupção podem ter suas atividades encerradas. A dissolução precisa ser aprovada pela Justiça.
