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Mensalão - as prisões

PF apura se Pizzolato sacou 1,6 mi de euros na Suíça

Autoridades brasileiras acreditam que ex-diretor do BB condenado no processo do mensalão está mesmo na Itália

Polícia italiana não dá informações sobre petista; para PF, ele preparou sua fuga do Brasil durante meses

DE BRASÍLIA

A Polícia Federal está investigando um saque de € 1,6 milhão (R$ 5,1 milhões) feito em uma conta na Suíça que as autoridades acreditam ser do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato.

Condenado no julgamento do mensalão, Pizzolato está foragido desde a decretação de sua prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal), em novembro de 2013.

Sua família diz que ele está na Itália, país do qual tem cidadania --o que impossibilita sua extradição segundo as leis locais; no máximo, ele poderá ter um segundo julgamento no país europeu.

A Folha apurou que autoridades brasileiras acreditam que o fugitivo está mesmo na Itália. Só não há uma confirmação devido à resistência que a PF teria encontrado junto à polícia italiana.

Sete pedidos para que fosse confirmado quem está num determinado endereço na Itália foram feitos pela PF à polícia italiana, mas nenhum deles foi respondido. Ignorar requerimentos assim é considerado raro. Por isso a PF decidiu acionar a Europol (serviço europeu de polícia) e a Interpol (polícia internacional) para pedir ajuda. A investigação sobre a conta na Suíça de Pizzolato foi revelada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo". Segundo o jornal, autoridades suíças auxiliam a PF no rastreamento da movimentação da conta.

O período do saque também não está determinado. Segundo a Folha apurou, a PF trabalha com a hipótese de que Pizzolato preparou a sua fuga durante meses, uma vez que sua condenação inicial foi conhecida no fim de 2012, mas o pedido de prisão só ocorreu no dia 15 de novembro de 2013.

No ano passado, o próprio Pizzolato divulgou por meio de seu advogado, um dia após a expedição de seu mandado de prisão, uma nota dizendo que havia fugido para a Itália com o objetivo de escapar das consequências de um "julgamento de exceção".

Além disso, alegou que gostaria de ver seu caso sendo novamente analisado pela Justiça italiana, onde não haveria pressões "político-eleitorais". Tão logo a carta foi divulgada, a PF incluiu o nome de Pizzolato na difusão vermelha da Interpol, deixando-o na lista internacional de criminosos procurados.

Segundo amigos do ex-diretor ouvidos pela Folha, Pizzolato teria saído do Rio de carro rumo ao Paraguai e cruzado à pé a fronteira. Ele teria passado pela Argentina e voado para a França. De lá, teria cruzado por terra a fronteira e ingressado na Itália.


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