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Outro lado

Alstom e gerentes estatais negam ter negociado suborno

Matarazzo diz nunca ter discutido nem assinado o contrato investigado no período em que foi secretário de Energia

DE SÃO PAULO

A Alstom, os ex-diretores da EPTE, o conselheiro do Tribunal de Contas Robson Marinho e o empresário Sabino Indelicato negam ter participado de qualquer esquema envolvendo suborno.

A companhia francesa diz em nota que "a Alstom está colaborando com as autoridades nas investigações e reafirma que trabalha em obediência a um rígido código de ética, definido e implementado por sérios procedimentos, de maneira a respeitar todas as leis e regulamentações dos países em que atua".

O atualmente vereador Andrea Matarazzo (PSDB) afirmou que "durante o período em que foi secretário, nas reuniões do conselho de administração das empresas energéticas de São Paulo, não teve conhecimento, não discutiu nem assinou o referido aditivo de contrato".

Segundo sua assessoria, o contrato original foi assinado em governos anteriores.

O advogado de Robson Marinho, Celso Vilardi, diz que o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado jamais julgou o aditivo do contrato entre a Alstom e a EPTE.

Segundo ele, uma certidão do tribunal mostra que Marinho só participou do julgamento de uma extensão de garantia dos equipamentos, de R$ 4,8 milhões. Vilardi diz que essa aprovação, em 2001, foi unânime, com pareceres favoráveis da área técnica.

"Marinho está no tribunal desde 1997 e jamais recebeu propina da Alstom", diz.

Augusto de Arruda Botelho, advogado de Sabino Indelicato, dono da Acqua Lux, afirma que a empresa "prestou consultoria à Alstom, recebeu remuneração por esse serviço e pagou os tributos correspondentes." Segundo ele, Indelicato não é laranja de Robson Marinho.

Carla Domenico, advogada de Henrique Fingermann, ex-presidente e ex-diretor financeiro da EPTE, diz que "o documento não comprova absolutamente nada".

Para ela, não há elemento que demonstre que a letra "F" do papel da Alstom tenha relação com Fingermann.

"Declaro que não participei e não conheço ninguém que tenha participado deste assunto", disse Carlos Eduardo Epaminondas França, que foi diretor administrativo da EPTE em 1998.

Sidney Simonaggio, que foi diretor técnico da EPTE em 1998, diz refutar qualquer vinculação de seu nome com o caso, "em especial com o caráter de mera especulação", e que "propina nunca fez e não faz parte" se sua trajetória profissional.

A Folha procurou Vicente Okazaki, diretor financeiro da EPTE em 1998, mas ele não atendeu aos telefonemas.


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