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Com Mercadante, Dilma dá mais poder à Casa Civil

Pasta volta a ter status de superministério, perdido com a saída de Palocci

Petista vai coordenar a agenda do Executivo e a articulação com os partidos aliados e com o núcleo da campanha

NATUZA NERY TAI NALON DE BRASÍLIA

Em um dos primeiros atos da reforma ministerial prometida para fevereiro, Dilma Rousseff acertou a ida do ministro Aloizio Mercadante (Educação) para a Casa Civil.

A nomeação do petista devolve à pasta o status de superministério. O cargo havia perdido atribuições políticas desde a queda de Antonio Palocci, em 2011.

Com Gleisi Hoffmann, de saída da pasta para disputar o governo do Paraná, a Casa Civil passou a ser uma espécie de "coordenadora" dos programas de governo, concentrando decisões técnicas e administrativas. Esse perfil mais restrito foi uma determinação da própria Dilma. Agora, no ano eleitoral, a pasta volta a ter função híbrida.

Mercadante foi chamado para coordenar não só a agenda do Executivo, como também deve assumir parte da articulação institucional com os partidos aliados. No cargo, ele ainda fará a ponte com o núcleo da campanha à reeleição de Dilma.

Na prática, a tendência é que o ministro herde parte das atribuições de Ideli Salvati, a titular da articulação política. Ideli pode permanecer no cargo, mas seguirá desgastada depois de vários atritos com o Congresso.

Economista, Mercadante também deve exercer mais influência no debate econômico, hoje solitariamente liderado por Guido Mantega (Fazenda). O chefe da Casa Civil integra a chamada Junta Orçamentária, comitê que decide onde e como o dinheiro público será gasto.

Uma expressão dada nos bastidores resume o papel que ele terá na chamada "cozinha" do Palácio do Planalto: ser o "Dilmo da Dilma", em alusão à dobradinha feita por ela e Lula antes da disputa à Presidência da República, em 2010.

O convite a Mercadante foi feito no fim de semana e, ontem, a transição foi deflagrada. Apesar de acertada, a nomeação do novo chefe da Casa Civil só deve ser oficializada na próxima semana, quando Dilma voltar do exterior.

A presidente viaja amanhã para a Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial. Depois, vai a Havana, em Cuba.

Ontem, Dilma reuniu-se com o ex-presidente Lula e outros conselheiros. Além de Mercadante, participaram o ex-ministro Franklin Martins, futuro coordenador da área digital da campanha, e Giles Azevedo, chefe do gabinete presidencial.

O porta-voz da Presidência da República, Thomas Traumann, classificou a notícia antecipada pela Folha de "especulação". "A presidente Dilma recebeu hoje o ex-presidente Lula para a primeira reunião neste ano. Como sempre, discutiram sobre conjuntura, Copa e educação. Normal, padrão regular."

Há mais de uma dezena de pastas em jogo na reforma. Na Saúde, é dado como certo que Arthur Chioro, atual secretário de Saúde de São Bernardo do Campo, assumirá o lugar de Alexandre Padilha, de saída para disputar o governo de São Paulo.

O comando da Educação deve ficar com José Henrique Paim, hoje secretário-executivo da pasta.


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