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Em meio a crise, Roseana lança propaganda

Governo diz que comerciais foram programados antes da onda de violência no Estado

DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

Em meio a uma das piores crises de segurança do país, o governo de Roseana Sarney (PMDB) lançou no início deste mês uma campanha publicitária nacional exaltando o "novo Maranhão".

Os comerciais, conforme revelou ontem o site da Folha, visam atrair investimentos para o Estado e destacam especialmente obras de infraestrutura. Eles estrearam na primeira semana de janeiro nos canais por assinatura GNT, GloboNews e SporTV.

O lançamento coincidiu com o período dos ataques a ônibus e delegacias na região metropolitana de São Luís, que resultaram na morte de uma menina de seis anos, no início deste mês.

A ordem para os atentados, segundo o governo, partiu do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, onde 63 presos foram mortos desde 2013, alguns deles decapitados.

"Você tem muitos motivos para se orgulhar do novo Maranhão", diz o texto dos comerciais. O slogan foi adotado como marca do governo no segundo semestre de 2013.

O secretário de Comunicação Social do Estado, Sérgio Macedo, disse que a campanha estava sendo planejada desde outubro, antes da crise do sistema prisional.

A própria Roseana, no entanto, já declarou que os problemas em Pedrinhas se acirraram a partir de setembro.

Macedo disse ainda que o Estado está tentando "vender sua estrutura" para atrair negócios. "Todo Estado faz isso, mas quando o Maranhão faz causa essa estranheza toda. Vocês têm que se libertar dessa visão de que o Maranhão nasceu para ser pobre."

O Orçamento do Maranhão prevê R$ 42,5 milhões para publicidade do governo em 2014, mas o secretário afirmou que a verba para esse fim é de R$ 22,5 milhões.

Apesar de Roseana ter dito que a violência aumentou porque o Estado está "mais rico", o Maranhão tem um dos piores índices sociais do país.

No ranking do IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), ocupa o 26º posto entre 27 unidades da Federação. O Piauí, 25º, prevê destinar R$ 13,8 milhões para publicidade em 2014.


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