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Aécio Neves defende Azeredo, mas evita compará-lo a Lula

Presidenciável do PSDB reafirma que colega acusado pelo mensalão tucano é 'reconhecido como um homem de bem'

Senador, porém, não avalizou estratégia de Azeredo, que comparou a própria situação à de Lula no mensalão do PT

BERNARDO MELLO FRANCO DO RIO

O provável candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), saiu ontem em defesa do deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), acusado de participar do chamado mensalão tucano.

Ele evitou, porém, endossar a estratégia de Azeredo, que tenta comparar a própria situação à do ex-presidente Lula no mensalão do PT.

"Azeredo é conhecido e reconhecido em Minas Gerais como um homem de bem. Ele vai ser julgado, e nós do PSDB vamos respeitar a decisão do STF [Supremo Tribunal Federal]. Obviamente, vamos esperar que ele possa se defender", disse Aécio, em visita à ONG Afroreggae, no Rio.

Questionado sobre entrevista à Folha em que Azeredo comparou sua situação à de Lula, desconversou: "Não sei. Eu não li essa matéria".

Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República pediu ao STF que Azeredo seja condenado a 22 anos de prisão por ter supostamente autorizado o desvio de R$ 3,5 milhões de um banco e de duas empresas estatais para um esquema que financiou sua campanha à reeleição do governo de Minas em 1998. Azeredo diz ser inocente.

Diferentemente dele, Lula não foi denunciado ao STF no mensalão petista. Na denúncia, o procurador-geral Rodrigo Janot diz que a participação de Azeredo foi "equivalente" à do ex-ministro José Dirceu no esquema do PT. Dirceu foi condenado pelo STF, por formação de quadrilha e corrupção, como um dos responsáveis pelo mensalão.

À noite, no programa "Roda Viva", da TV Cultura, o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), na prática repetiu as declarações de Aécio: "Eduardo Azeredo tem a reputação de ser um homem de bem. O PSDB tem de respeitar o julgamento do STF. A decisão judiciária deve ser respeitada e cumprida, e não desafiada e desrespeitada".

"Não podemos proteger alguém só porque é do partido", disse. "Se cometeu algum equívoco, será chamado à sua responsabilidade pessoal."


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