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Campos para obra e culpa Dilma por atraso

Segundo o governo de PE, Ministério das Cidades deveria ter enviado R$ 46 mi em janeiro

Projeto para tornar o rio Capibaribe navegável tem recursos do PAC; pasta nega demora e diz ter repassado R$ 30 mi

DANIEL CARVALHO DO RECIFE

O governo de Pernambuco, comandado pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB), paralisou nesta semana uma obra de mobilidade no Recife e responsabilizou o governo federal pela medida.

Campos e a presidente Dilma serão adversários na eleição ao Palácio do Planalto.

Segundo o Estado, as obras de navegabilidade do rio Capibaribe foram interrompidas porque o Ministério das Cidades não depositou R$ 46 milhões, que deveriam ter chegado em janeiro.

"Ficamos na dúvida [se o governo federal segurou o dinheiro] para garantir o superávit fiscal, se foi essa questão da velha política, retaliação, ou uma questão gerencial", afirmou o deputado estadual e ex-petista Isaltino Nascimento, agora no PSB.

Em defesa do governo federal, parlamentares petistas ouvidos pela Folha acusaram o governo Campos de tentar politizar algo que, para eles, foi "no máximo" um problema administrativo.

Desde o ano passado, quando se afastaram, Dilma e Campos têm trocado alfinetadas na disputa pela paternidade de obras no Estado --caso de um estaleiro, uma refinaria e a atração de uma montadora de automóveis.

VITRINE

De acordo com a Secretaria Estadual das Cidades, o projeto de navegabilidade do rio Capibaribe é uma obra do Programa Estadual de Mobilidade. Orçada em R$ 190 milhões, é executada com recursos do PAC da Mobilidade (R$ 165 milhões) e contrapartida do Estado (R$ 25 milhões).

Estão previstos 13,5 km de corredor fluvial com embarcações para transporte de massa e sete estações de embarque e desembarque. O projeto é citado por Campos como uma das principais obras de mobilidade de sua gestão.

Desde abril passado, o governo estadual diz ter dragado 80% do volume programado. Os primeiros testes de navegabilidade estão previstos para o fim deste ano.

A administração estadual informou que, somente ontem, após a paralisação completa da obra, o governo federal se comprometeu a liberar os recursos até amanhã.

O Ministério das Cidades nega que tenha havido atraso e informou que nesta semana, após medições necessárias, repassou R$ 30 milhões à Caixa Econômica Federal. Segundo a pasta, os recursos demoram "pelo menos dois dias" para serem disponibilizados.


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