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PT e PSDB evitam explorar mensalões em Minas Gerais

Com receio de contra-ataques, partidos focam debate eleitoral em outros temas

Petistas e tucanos, que disputarão governo do Estado, têm líderes partidários envolvidos em esquemas de Valério

PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O tema mensalão está "vetado" da campanha ao governo de Minas Gerais, tanto pelo lado do PT como do PSDB.

Não há um acordo entre os partidos, mas uma avaliação recíproca de que o assunto é vidraça de ambos os lados.

Oficialmente, agora, dizem que o tema mensalão não é determinante na disputa nem tem dimensão eleitoral.

O PT tem alguns de seus antigos dirigentes presos, após condenação no STF (Supremo Tribunal Federal), enquanto o PSDB viu nesta semana um ex-governador mineiro renunciar ao cargo de deputado federal em meio a denúncia de ter liderado um suposto esquema no Estado.

Na campanha eleitoral mineira, que deverá ter como principais candidatos o ex-ministro Fernando Pimentel (PT) e o ex-ministro Pimenta da Veiga (PSDB), a discussão em torno da ética ficará à margem.

"Essa questão [de usar mensalão tucano contra o PSDB] não é nada determinante para a eleição. É um tema de investigação criminal que não deve pautar a campanha", diz o presidente do PT mineiro, o deputado federal Odair Cunha.

Segundo ele, nas eleições o PT vai procurar mostrar ao eleitor que "a Minas maravilha da propaganda do PSDB não existe na realidade".

O PSDB irá na mesma linha, segundo o seu presidente regional, o também deputado federal Marcus Pestana.

Sem mensalão, Pestana diz que o "passivo do PT com o Estado" e a "união de Minas versus o projeto do PT" é que darão o tom dessa disputa.

Questionado se o mensalão tucano inibe o PSDB a tratar do mensalão do PT, Pestana disse: "Nem uma coisa nem outra. Isso não tem dimensão eleitoral".

O mensalão tucano foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República tendo como figura central o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que renunciou na última quarta-feira ao mandato na Câmara.

Com isso, Azeredo tenta retardar o julgamento do caso, enquanto o PSDB tenta ainda não prejudicar a candidatura ao Planalto do senador mineiro Aécio Neves.

A denúncia fala em desvio de recursos de empresas e banco públicos que irrigaram a fracassada tentativa de reeleição do então governador Azeredo em 1998. Ele nega.

O mensalão petista também foi julgado por causa de desvios de recursos públicos para pagamento de aliados e despesas de campanha.

Ambas as denúncias apontam o empresário Marcos Valério (que cumpre pena de 40 anos de prisão) como operador dos esquemas.


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