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Papa oficializa hoje d. Orani como cardeal

Dilma desembarcou ontem em Roma para acompanhar a cerimônia e teve encontro reservado com o pontífice

Além do arcebispo do Rio, Francisco nomeará outros 18 cardeais, os primeiros escolhidos em seu pontificado

LEANDRO COLON ENVIADO ESPECIAL A ROMA

O papa Francisco oficializa hoje a nomeação do décimo cardeal brasileiro, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, 63.

Além dele, outros 18 cardeais receberão o título, no chamado Consistório, apontado com a mais importante cerimônia realizada no Vaticano desde que Francisco se tornou papa, há um ano, para substituir Bento 16.

O evento tem também um contexto político pois sinaliza quem começa a ter prestígio e poder na era de Francisco. Esses são os primeiros cardeais nomeados por ele.

Em janeiro, enquanto anunciava os nomes, o papa trocava o grupo de cardeais que fiscaliza o banco do Vaticano --entre os substituídos está o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer.

Durante a semana, antes do Consistório, Francisco teve reuniões com cardeais para discutir diretrizes católicas, com a presença de pelo menos 150 dos 218 cardeais.

Uma missa amanhã celebra o fim do encontro, com a expectativa de que o papa aproveite as celebrações para manifestar repúdio à violência na Síria e na Ucrânia.

Conhecidos como "príncipes da Igreja", os cardeais são os principais auxiliares do papa na condução da fé católica pelo mundo e formam o Conclave, colégio eleitoral que o elege. O recém-nomeado Dom Orani Tempesta ganhou prestígio junto a Francisco ao comandar a organização da Jornada Mundial da Juventude em julho, no Rio.

Além dele, destacam-se entre os escolhidos o bispo Chibly Langlois, o primeiro cardeal vindo do Haiti, e nomes como o do moderado Gualtiero Basseti, de Perugia (Itália), do filipino Orlando Quevedo, além de de Jean-Pierre Kutwa (Costa do Marfim) e Philippe Nakellentuba Ouédraogo (Burkina Faso).

Com a "promoção" de dom Orani, o Brasil passa a ter dez cardeais, sendo que cinco deles, com menos de 80 anos, podem votar num eventual Conclave. No total, são 122 cardeais com direito a voto.

O último brasileiro a ser nomeado no Vaticano havia sido o ex-arcebispo de Brasília João Braz de Avis, em 2012, por Bento 16.

A cerimônia de hoje, na Basílica São Pedro, deve durar pouco mais de uma hora, passando pela entrega de um anel e da mitra (espécie de chapéu), que simbolizam o posto de cardeal.

A presidente Dilma Rousseff desembarcou ontem em Roma para acompanhar a cerimônia e aproveitou para ter um encontro privado com o papa Francisco.

"Eu fiquei muito feliz com indicação de dom Orani, foi uma manifestação muito boa que o papa teve em relação ao Brasil. Dom Orani, além de ser um bom de fé, é de grande capacidade. Eu estou aqui para prestigiar a criação dele como cardeal", disse Dilma.

Depois da polêmica de uma escala sigilosa em Lisboa no mês passado, quando a comitiva presidencial ocupou dezenas de quartos de um hotel luxuoso, a petista optou por se hospedar na embaixada do Brasil na Itália, na Piazza Navona, um dos pontos turísticos mais importantes e nobres de Roma.


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