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Dilma minimiza divergências com Lula

Em viagem à Europa, presidente diz que imprensa pode tentar, mas não vai conseguir criar 'conflito' entre ela e antecessor

Temer e ministros apresentaram ontem pacote de bondades à base na Câmara para tentar conter rebelião

DO ENVIADO ESPECIAL A BRUXELAS DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem ter apenas divergências "normais" com o ex-presidente Lula e tentou minimizar as informações de que seu antecessor tem feito críticas reservadas a seu estilo de governar.

Na edição de ontem, a Folha publicou reportagem mostrando que Lula tem dito a interlocutores do mundo político e empresarial que Dilma precisará de um novo time para conduzir sua política econômica e de um novo "núcleo duro" para ajudar a gerenciar o governo e as crises políticas com a base aliada no Congresso.

"Eu acho que vocês podem tentar de todas as formas criar qualquer conflito, barulho ou ruído entre mim e o presidente Lula, que vocês não vão conseguir", disse a presidente, em entrevista a jornalistas brasileiros na Cúpula Brasil-União Europeia, em Bruxelas (Bélgica).

"O meu comentário é o seguinte: a imprensa é livre e tem direito de expressão e eu e o presidente Lula não temos divergências a não ser as normais", afirmou.

Questionada se em algum momento ouviu críticas de Lula sobre suas estratégias política e econômica, respondeu: "Não, ele nunca comentou comigo".

Apesar das críticas reservadas, o ex-presidente tem demonstrado confiança numa vitória de Dilma nas eleições deste ano e descarta tomar o posto de candidato à Presidência.

Para Lula, a presidente Dilma atualmente "está bem na foto" com o eleitorado, mas "divorciada" das classes empresarial e política, o que poderia trazer riscos futuros.

BLOCÃO

Na tentativa de melhorar a interlocução com a base na Câmara --onde partidos aliados criaram na semana passada um "blocão" independente para explicitar o descontentamento com Dilma--, o Palácio do Planalto apresentou ontem um pacote de bondades para tentar conter a ameaça de rebelião.

O governo decidiu mobilizar 12 ministérios para atender demandas dos congressistas, prometeu cumprir liberação de verbas para obras apadrinhadas por deputados e senadores no Orçamento de 2013, além de elaborar pauta de votações de consenso.

As propostas foram apresentadas aos líderes governistas na Câmara pelo vice-presidente, Michel Temer (PMDB), e pelos ministros Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais).

Na reunião, os deputados reclamaram sobretudo da falta de diálogo com o governo, do rompimento de acordos para pagamento das chamadas emendas parlamentares e da interferência do Planalto na pauta da Casa.

Eles afirmam que não pretendem romper com Dilma ou derrotar o governo nas votações em plenário, mas dizem que está mantido o bloco parlamentar capitaneado pelo PMDB e formado pelo PP, PR, PTB, PDT, Pros, PSC e o oposicionista Solidariedade, que somam mais de 250 dos 513 deputados. (LEANDRO COLON, MÁRCIO FALCÃO, RANIER BRAGON E FLÁVIA FOREQUE)


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