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Análise

Campos adota discurso tucano contra Dilma na tentativa de furar polarização

VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

A simbiose entre Aécio Neves e Eduardo Campos na pré-campanha eleitoral chegou ao debate econômico. E o antigo pupilo de Lula resolveu atiçar ainda mais a ira dos petistas ao depositar flores no altar do símbolo-maior que o PT elegeu como contraponto, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.

Na véspera da pajelança que o PSDB, tendo Aécio à frente, promoveu no Senado para festejar os 20 anos do Real, Campos falou a empresários do Rio e acusou Dilma Rousseff de praticar uma gestão econômica que remontaria à fase anterior ao plano.

O governador de Pernambuco se irmana, assim, ao discurso dos tucanos e aposta tudo na sua estratégia de surfar nos aspectos positivos dos governos de PSDB e PT, tentando furar a polarização entre os dois partidos --que tem os mesmos 20 anos do Real.

Por ora, a "dobradinha" nos ataques a Dilma e na definição de um pacto de não-agressão nas eleições dos Estados interessa tanto a Campos quanto a Aécio.

Um sinal objetivo é o cruzamento feito pelo Painel, a partir da última pesquisa Datafolha, que mostra a migração de eleitores de um para o outro num eventual segundo turno contra Dilma.

Resta saber até quando tanta harmonia vai durar, já que, pelas leis da física, dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar.

Num ainda hoje incerto segundo turno é pouco provável que Dilma não passe adiante em primeiro lugar.

Só restaria, portanto, uma única vaga para os dois "aliados". Eles terão de dosar afagos e cutucões para permitir o apoio mútuo caso haja tira-teima. Essa sintonia fina será um dos fatores a acompanhar durante a campanha.


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