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Ministro de Dilma defende financiamento para o MST

Caixa, BNDES e Petrobras ajudaram a bancar evento em congresso dos sem-terra

Gilberto Carvalho afirmou que quem politizar manifestações durante a Copa 'vai quebrar a cara'

DE BRASÍLIA

Responsável pelo diálogo com os movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) defendeu ontem o financiamento, com dinheiro público, de eventos promovidos pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) e anunciou que o governo federal continuará bancando iniciativas do grupo.

"O dinheiro público pode e deve ser utilizado para estimular todas as formas de organização de cidadania e de produção. Seguiremos financiado. É próprio de um governo democrático financiar iniciativas que convirjam para bem da sociedade", disse.

A Caixa Econômica Federal, o BNDES e a Petrobras ajudaram a bancar um evento realizado durante o 6º Congresso Nacional do MST, realizado há duas semanas em Brasília. Ao todo, foram gastos cerca de R$ 1,6 milhão, segundo revelou o jornal "O Estado de S. Paulo".

Durante o congresso, uma marcha de integrantes do MST terminou em confronto com a polícia, tentativa de invasão a prédios públicos e 32 feridos --30 deles policiais.

Ontem, ao chegar para um evento no Itamaraty, Gilberto Carvalho disse a jornalistas que queria falar do MST, apesar de não ter sido questionado sobre o tema.

"Eu quero dizer de maneira clara, peremptória, que não se pode confundir o MST com baderneiros. O MST não é visto pelo governo como um mal, é um movimento social legítimo com o qual o governo tem diferenças. O MST contesta o governo e nós achamos que isso é da democracia", disse o ministro.

Segundo Carvalho, líderes do MST ajudaram a conter o confronto do dia 12. "Nós repelimos qualquer tentativa de dizer que estamos financiando a baderna e a violência".

PROTESTOS NA COPA

Carvalho afirmou ainda que quem tentar politizar possíveis protestos durante a Copa "vai quebrar a cara".

Questionado sobre se o governo temia uma politização das manifestações populares tal qual tem ocorrido na Venezuela, o ministro reiterou que "não há risco, porque o povo brasileiro sabe distinguir as coisas". No país vizinho, a oposição foi às ruas e o governo do presidente Nicolás Maduro diz que os adversários tramam um golpe.

"Futebol é uma coisa, política é outra. O povo sabe muito bem quem tenta se aproveitar desse tipo de situação", disse. O ministro admitiu que o que mais preocupa é a violência nos protestos.

O governo prepara um projeto de lei para elevar penas contra ações violentas durante protestos.


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