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Cadê o ônibus?

Veículo com o qual Padilha contava para rodar o Estado na pré-campanha ao governo de SP ainda não chegou e terá de ser pago pelo PT nacional

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Quando começou sua caravana pelo interior de São Paulo, na manhã de 7 de fevereiro, o pré-candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha, chegou à cidade de Igarapava em uma Kia Carnival cinza, veículo que leva até oito pessoas confortavelmente. Mas não era esse o plano inicial.

A 1.428 quilômetros dali, dentro da garagem da fábrica Neobus, em Caxias do Sul (RS), o ônibus que estava programado para ser o grande destaque da "Caravana Horizonte Paulista" aguardava pronto, havia quase um mês, a documentação para poder rodar.

O atraso ocorreu porque o veículo encomendado pelo PT paulista em novembro do ano passado passou por ajustes estruturais e estéticos não programados. O valor final ficou pesado demais para o orçamento estadual do partido.

Foi então que a pré-campanha de Padilha precisou acionar o PT nacional e seu tesoureiro, João Vaccari Neto, que topou bancar R$ 580 mil em 24 parcelas de um leasing --espécie de aluguel com opção de compra ao final do contrato-- do ônibus adaptado para funcionar como um gabinete móvel.

Com poltronas confortáveis e duas mesas para reunião, o veículo acomoda até 14 pessoas --incluindo motorista e condutor reserva.

Entre os acréscimos de última hora que ajudaram a elevar o preço estão televisores e câmeras de segurança, além da pintura personalizada da parte externa, que terá imagens de estradas e paisagens do interior do Estado.

Ainda não há data para a estreia do ônibus na caravana, que custará ao diretório estadual do PT cerca de R$ 150 mil mensais com hospedagem e alimentação, entre outros gastos, até junho, quando se encerram as viagens pelo Estado.

Será investido quase R$ 1,4 milhão em eventos para que o pré-candidato petista se torne conhecido em regiões de São Paulo onde o PSDB costuma vencer as eleições. A disputa pelo governo do Estado é prioridade para o PT e para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

DOIS GRUPOS

Para percorrer dezenas de municípios até o meio do ano, quando começa oficialmente a corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, Padilha trouxe alguns de seus assessores no Ministério da Saúde.

Vieram Felipe Amaral, Rodrigo Funchal e André Segantin, além da jornalista Thássia Alves, sua namorada há quase dois anos, que ficará responsável por, entre outras coisas, atualizar o perfil do ex-ministro nas redes sociais.

O grupo tem acompanhado Padilha de perto e dividido responsabilidades e decisões com dirigentes petistas, como o presidente estadual do PT e coordenador-geral da campanha, Emidio de Souza, o secretário de comunicação do PT-SP, Aparecido Luiz da Silva, e Antônio dos Santos, tesoureiro do partido.

Internamente, a ordem é para que as decisões sejam tomadas em conjunto e os dois grupos discutiram os ajustes feitos no ônibus.

Há quem diga, porém, que dirigentes petistas e assessores de Padilha já entraram em disputa em alguns episódios nos últimos meses. A decisão sobre mudanças no ônibus teria sido um deles.


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