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Defesa de Azeredo diz que Janot 'joga para a torcida'

Governador tucano afirma que não sabia de nada porque confiou finanças ao tesoureiro

DE BRASÍLIA

O ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG) entregou ontem ao Supremo Tribunal Federal sua defesa no processo do mensalão tucano e disse que o Ministério Público, em sua acusação, "jogou para a torcida" ao pedir uma pena de 22 anos de prisão.

Na peça da defesa, assinada pelo advogado José Gerardo Grossi, é dito que as penas são fixadas pelos juízes e não pelo Ministério Público. Por isso não haveria necessidade de se falar em quantos anos de prisão deveriam ser impostos a Azeredo: "Na linguagem futebolística, [o procurador-geral Rodrigo Janot] jogou para a torcida'. Uma lástima, sem maiores comentários".

A defesa diz que Azeredo tinha uma relação de confiança com Cláudio Roberto Mourão, tesoureiro de sua campanha de reeleição ao governo de Minas Gerais, e não sabia que ações estavam sendo tomadas na busca de recursos.

"Todos os empréstimos feitos no curso da campanha tem uma coisa em comum: a anuência de Eduardo Azeredo não figura em qualquer deles. Como se disse e se repete, Eduardo confiava a administração das finanças a Claudio Mourão. Não teve, durante a campanha, notícia sequer do que se passava".

Azeredo, que já tinha se comparado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dizer que, compara-se agora com Jesus: "Denúncia e alegações finais acentuam que Claudio Mourão era homem de extrema confiança de Eduardo Azeredo. Para ficar apenas na era cristã, lembre-se de Jesus e Judas. A quebra de confiança, lamentavelmente, é da índole humana".

Azeredo é acusado pela Procuradoria de ter tido "participação direta, efetiva, intensa e decisiva" no mensalão tucano --desvio de dinheiro para sua campanha ao governo de Minas em 1998.

Azeredo nega ter sabido de irregularidades. Como ele renunciou a seu mandato, o STF decidirá se mantém seu processo na corte ou se envia o caso para a primeira instância.


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