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Para pôr fim a crise, Dilma vai se reunir com PMDB

A aliados, Lula defende trégua entre partidos

DE BRASÍLIA

Diante do aumento na tensão entre governo e PMDB, a presidente Dilma Rousseff convocou a cúpula do partido para uma reunião amanhã, em Brasília, para tentar colocar um fim na crise com seu principal aliado, que se queixa de perda de espaço com a reforma ministerial e abandono pelo PT nas alianças estaduais.

Nos últimos dias, os líderes dos dois partidos trocaram farpas durante o Carnaval, o que elevou a pressão dentro do PMDB para antecipar a convenção partidária que discutiria o futuro da sigla nas eleições deste ano.

Uma ala, mais radical, propõe discutir o rompimento com o governo Dilma, o que, por enquanto, é visto como improvável. Outro grupo defende a aliança nacional com o PT, mas ampla liberdade de coligação nos Estados.

A reunião da presidente com a cúpula peemedebista foi definida ontem durante encontro do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) com o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO).

Vão participar da conversa de amanhã Dilma, Mercadante, o vice-presidente Michel Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), além de Raupp.

A presidente foi informada de que a solução apresentada pelo Planalto para conter a crise com o PMDB, indicando o senador Vital do Rêgo (PB) para o Ministério do Turismo, não agradou aos líderes da legenda, em especial a bancada da Câmara.

A escolha de Vital segue a estratégia traçada pelo governo de tentar isolar o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), porta-voz oficial dos insatisfeitos. Atualmente, a pasta é comandada por Gastão Vieira (MA), deputado do partido.

Vital informou à cúpula do partido que não pretende assumir o ministério se a presidente diminuir o espaço dos deputados peemedebistas em seu primeiro escalão.

O governo espera contornar a crise para evitar que a rebelião imponha derrotas ao Planalto em votações importantes no Congresso.

Diante da turbulência na relação, o ex-presidente Lula começou a disparar telefonemas aos peemedebistas defendendo a pacificação.

"Ele [Lula] segura de lá e eu de cá para se encontrar um ponto de equilíbrio. Resolver 100% nunca resolve, mas vamos tentar", afirmou ValdirRaupp. (VALDO CRUZ, GABRIELA GUERREIRO, FLÁVIA FOREQUE E MÁRCIO FALCÃO)


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