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Mensalão - as penas

Dirceu nega ter usado celular dentro do presídio da Papuda

Em audiência, ex-ministro ainda afirmou não ter recebido visitas irregulares

Juiz pediu explicação por achar que apuração, conduzida por órgão subordinado a petista, foi muito rápida

DE BRASÍLIA

O ex-ministro José Dirceu negou ontem ter usado um celular dentro do presídio da Papuda, onde está preso desde novembro.

Em audiência realizada por videoconferência no início da tarde, o petista afirmou ao juiz Bruno Ribeiro, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, que não teve contato com ninguém de fora do presídio nem por intermédio de terceiros.

Em janeiro, James Correia, secretário da Indústria, Comércio e Mineração da Bahia na gestão do governador Jaques Wagner (PT), afirmou à coluna Painel, da Folha, ter conversado com Dirceu em 6 de janeiro pelo celular de um amigo em comum que o visitava na prisão. A entrada de celulares é proibida.

De acordo com o advogado de Dirceu, José Luís Oliveira Lima, a audiência durou 20 minutos.

O ex-ministro foi questionado sobre o uso do aparelho e sobre regalias que estaria tendo. O juiz perguntou ainda sobre visitas que o petista estaria recebendo fora do horário predeterminado.

Segundo o advogado, Dirceu negou que tenha recebido tais visitas e disse ao juiz que aguarda a análise do seu pedido de trabalho externo.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF, subordinada ao governador petista Agnelo Queiroz, realizou duas investigações sobre o caso. Após concluir a primeira apuração em apenas cinco dias, foi ordenada pela VEP a refazer o processo.

De acordo com o juiz substituto Mário José de Assis Pegado, a primeira investigação não realizou "oitiva do interno, nem o atendimento de qualquer das diligências já determinadas [...], quando [foi] requisitada a instauração de inquérito".

Apesar do reclame formal da Justiça, a segunda investigação também foi concluída em cinco dias. Ribeiro decidiu, então, ouvir Dirceu. O caso será analisado também pelo Ministério Público.

Na decisão que pediu para ouvir o ex-ministro, Ribeiro indicou o estranhamento de ver a investigação sendo arquivada em período tão curto de tempo.


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