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Exumação dos restos mortais de Jango custou R$ 99 mil ao governo

Valor foi gasto com equipe técnica, que não cobrou mão de obra

FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

Mesmo livre de despesas com mão de obra, o governo federal gastou R$ 98,9 mil para exumar os restos mortais do presidente João Goulart em novembro passado.

A exumação foi feita a pedido da família de Jango, que quer esclarecer a causa da morte do presidente deposto pelo golpe militar de 1964.

Até hoje pairam suspeitas de que o político, que era doente cardíaco, pode ter sido envenenado durante o exílio na Argentina, numa ação coordenada entre as ditaduras do Cone Sul. Na época, em 1976, não foi feita autópsia.

A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência coordenou uma equipe de 15 pessoas que não foram remuneradas pelos trabalhos de coleta de material no cemitério em São Borja (RS), nem de análise, que ainda está em curso --não há prazo para divulgação do laudo.

Fazem parte do grupo seis especialistas estrangeiros, de Cuba, Argentina e Uruguai, e cinco policiais federais. Conforme portaria publicada no ano passado, o trabalho deles será apenas considerado "serviço público relevante".

Ainda assim, as despesas com a equipe técnica consumiram R$ 98.991,75, com equipamentos, transporte, hospedagem e alimentação.

Até hoje, os custos não haviam sido divulgados.

No dia da exumação, a ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) foi questionada sobre o montante gasto e declarou que "custa menos do que uma ditadura, porque essa custou vidas, exílio, significou a morte". Para a ministra, a exumação de Jango é "uma missão de Estado".

O detalhamento dos gastos com a equipe técnica foi fornecido pela Secretaria de Direitos Humanos, por meio da Lei de Acesso à Informação.

O valor não inclui o evento que reuniu Dilma e três ex-presidentes para receber os restos mortais de Jango.


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