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Falta de punição para crimes da ditadura militar polariza debate

Em evento da Folha, general diz que não há por que se desculpar

DE SÃO PAULO

Em debate promovido anteontem, em São Paulo, pela Folha sobre os 50 anos do golpe de 1964, os três expositores convidados concordaram num aspecto: a ideia de que a ditadura militar (1964-1985) modernizou a economia brasileira. Houve, porém, mais discordância que consenso no debate.

De um lado, a jornalista Mariluce Moura, atual diretora de Redação da revista "Pesquisa Fapesp" e ex-integrante da Ação Popular, grupo de esquerda de influência católica que combatia o regime. Do outro, o general da reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva, professor emérito da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército.

Entre os dois, prometendo fazer uma análise com "mais distanciamento", o historiador Rodrigo Patto Sá Motta, pesquisador da UFMG.

Mariluce disse que, aos 22 anos, no início de sua gravidez, foi sequestrada, presa e torturada por representantes do Estado. Lembrou-se de seu marido, Gildo Macedo Lacerda, assassinado em decorrência de tortura dentro de um quartel do Exército em 1973.

O general Paiva fez uma defesa enfática do regime e listou nomes de pessoas que morreram devido a ações da luta armada e "que nunca são lembradas ou indenizadas".

O historiador Rodrigo Sá Motta procurou mostrar que, durante a ditadura militar, o Brasil se modernizou do ponto de vista econômico, tecnológico e industrial. Mas afirmou que "toda essa modernização poderia ter sido alcançada num regime democrático".


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