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Cabeça encontrada na Sé é de corpo esquartejado
Secretário de Segurança confirma que partes eram da vítima de Higienópolis
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Fernando Grella, confirmou ontem pela manhã que a cabeça humana encontrada na quinta-feira na praça da Sé, no centro, pertence ao corpo encontrado em ruas de Higienópolis há uma semana.
"[A cabeça] É da vítima, já está confirmado. Agora vamos tentar identificar a vítima, que é parte importante da investigação", afirmou, em evento no litoral paulista.
Grella disse ainda ter pedido todo o empenho da Polícia Civil para esclarecer esse homicídio que, de acordo com ele, é um tipo de crime que choca a sociedade.
A Polícia Técnico-Científica comparou tecidos da área do corte do pescoço para confirmar que as partes eram da mesma vítima. Desde que a cabeça foi encontrada na Sé já existia essa suspeita.
A polícia continua sem pistas sobre quem é o assassino, a vítima e qual a motivação.
A cabeça foi achada em decomposição, o que dificulta seu reconhecimento. Técnicos estão trabalhando para reconstituir, por meio de computação gráfica, a face do morto, um homem branco que aparentava ter entre 30 e 40 anos de idade.
Uma questão que intriga os investigadores é onde teria ficado guardada a cabeça entre domingo e quinta-feira.
Faltam ainda ser encontradas a bacia, com os órgãos genitais, e as pontas dos dedos, que foram cortadas --provavelmente para impedir a identificação pelas digitais.
Exames nas mãos, localizadas antes, mostram que o homem tentou se defender de seu agressor antes de morrer.
A polícia procura familiares de homens que tenham desaparecido para tentar identificar o morto.