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PT insistirá na inclusão de cartel em CPI

Se não conseguirem barrar comissão sobre Petrobras, petistas trabalharão para inserir denúncias que atinjam PSDB

Governo prefere comissão mista para que aliados estejam em maior número à frente das investigações

MARIANA HAUBERT DE BRASÍLIA

Com a iminência da criação de uma CPI para investigar a Petrobras, o PT vai insistir nesta semana em duas estratégias para minimizar danos ao governo: tentar viabilizar uma comissão mista, com senadores e deputados, e pressionar pela inclusão no objeto das apurações de denúncias que atingem diretamente a oposição.

"Tentaremos buscar um acordo para apresentar um adendo à CPI mista que possa incluir nas investigações as denúncias de corrupção envolvendo a Siemens, a Alstom e outros casos", disse o líder do PT na Câmara, Vicentinho (SP), em referência às denúncias sobre o cartel do metrô que envolvem o PSDB.

Na semana passada, a oposição já apresentou o pedido de criação de uma CPI da Petrobras no Senado.

Caso naufrague a tentativa de fazer com que senadores retirem suas assinaturas, inviabilizando a CPI, o governo prefere que as investigações sejam feitas numa comissão conjunta da Câmara e do Senado, pois isso garantiria um número maior de aliados entre seus integrantes.

A oposição não se opõe à ideia de criar uma CPI mista.

Segundo o líder do oposicionista PPS, Rubens Bueno (PR), responsável por colher as assinaturas na Câmara, já há 178 deputados apoiando a comissão. De acordo com o regimento, são necessárias 171 assinaturas na Câmara e 27 no Senado.

Minoria na Câmara, a oposição só conseguiu o número de assinaturas por causa da adesão de deputados da base aliada, como do PDT e, em grande parte, do PMDB.

"Se o Senado tem as assinaturas, não vejo por que a Câmara não pode apoiar também. Se a bancada deliberar a favor, todos assinarão. Caso o entendimento for contrário, aí quem assinar será por uma decisão individual", disse o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ).

O principal objetivo da oposição na CPI é investigar suspeitas de irregularidades na estatal como a compra da refinaria de Pasadena (EUA), negócio que teve aval da presidente Dilma Rousseff e é cercado de polêmica.

Outros temas podem entrar na pauta, como a suspeita de que a empresa holandesa SBM Offshore, que aluga plataformas a companhias de petróleo, teria pago suborno a funcionários da estatal.


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